Um dos duelos que abre a 23ª rodada do Campeonato Brasileiro vai colocar frente a frente os técnicos menos experientes na competição. O Fortaleza de Martín Palermo e o Vitória de Rodrigo Chagas se enfrentam às 16h (de Brasília) deste sábado, no Castelão, em confronto direto contra o rebaixamento.
E aqui não se trata de técnicos muito jovens, já que Palermo tem 51 anos, contra 50 de Rodrigo Chagas. Mas ambos são quase debutantes na elite do Campeonato Brasileiro.
Rodrigo Chagas iniciou a carreira como técnico em 2006, mas só estreou na Série A na vitória rubro-negra da rodada passada, sobre o Atlético-MG, por 1 a 0, no Barradão.
Depois de três jogos na base do Leão baiano, o treinador assumiu a equipe principal interinamente, com a demissão de Fábio Carille, e foi efetivado após a vitória sobre o Galo. Rodrigo Chagas já trabalhou no Rubro-Negro como técnico do time profissional, mas em momento que o clube disputava a Série B.
A inexperiência de Chagas em Série A fez o Vitória fortalecer a comissão técnica com a chegada de profissionais com "rodagem" no Campeonato Brasileiro. Para isso, o clube contratou o auxiliar técnico Cléber dos Santos, ex-Flamengo, e o preparador físico Juninho Nogueira, ex-Cuiabá.
Já Martín Palermo não tem experiência no futebol brasileiro como treinador. O argentino iniciou sua carreira como técnico no Godoy Cruz, na Argentina, em 2012.
Antes do Fortaleza, o treinador de 51 anos passou por Arsenal de Sarandí (Argentina), Unión Española (Chile), Pachuca (México), Curicó Unido (Chile), Aldosivi (Argentina), Platense (Argentina) e Olímpia (Paraguai).
Palermo tem mais jogos como técnico que Rodrigo: 368, com 135 vitórias, 109 empates e 124 derrotas (aproveitamento de 47%). O treinador rubro-negro, porém, tem aproveitamento superior, com 157 partidas disputadas e 64 vitórias, 48 empates e 45 derrotas (51% de desempenho).
Mas não é só a falta de experiência na Série A que aproxima a dupla. Rodrigo e Palermo tiveram carreira consolidada dentro de campo. O argentino conhecido como El Loco fez história no Boca Juniors, clube que é o maior artilheiro e dono dos dois gols na final da Copa Intercontinental contra o Real Madrid, em 2000, que deu a taça ao time. Ele ainda tem dois títulos da Libertadores (2000 e 2001), outros dois da Sul-Americana (2004 e 2005) e do Campeonato Argentino (2005-06 e 2008-09).
Já Rodrigo Chagas é ídolo e uma das grandes revelações da base rubro-negra. O então lateral-direito foi titular e fundamental em uma das melhores temporadas da história do clube, em 1993, ano do vice-campeonato nacional contra o Palmeiras. Em 1995, ele foi vendido para o Bayer Leverkusen, em transação que ajudou o Vitória a desenvolver o seu centro de treinamento. O então lateral ainda foi campeão brasileiro pelo Corinthians, em 1998, e tem passagem pela seleção brasileira.
A dupla busca repetir o sucesso dos tempos de jogador à beira do gramado. Como treinadores, os dois têm histórico modesto. Rodrigo Chagas ainda não levantou taças como técnico profissional, enquanto Palermo tem como conquista o Campeonato Paraguaio (2024) pelo Olímpia.
À frente de Fortaleza e Vitória, chegam como "bombeiros" para evitar o rebaixamento para a Segunda Divisão. O Leão cearense amarga penúltimo lugar, com 15 pontos. Já o Leão baiano é o 17º colocado, com 22.
2025, Chagas treinou o Jacuipense e o Porto Vitória antes de retornar ao Rubro-Negro inicialmente para comandar o time sub-20.
