Um relatório da NOAA (Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos) concluiu que a possibilidade de formação do fenômeno La Niña durante a primavera no Hemisfério Sul chega aos 56%.
A estação, que começa no dia 22 de setembro, poderá ser afetada por mudanças na distribuição de chuvas e nas ondas de frio.
O La Niña é caracterizado pelo resfriamento da superfície do Oceano Pacífico Equatorial, responsável por alterar os padrões atmosféricos e afetar o clima em diferentes regiões do planeta.
Assim, geralmente leva a aumento de chuvas no Norte e Nordeste e a um tempo mais seco e com temperaturas amenas no Sul e Centro-Sul, com maior entrada de massas de ar frio.
— No momento, estamos no que os serviços norte-americanos chamam de "Watch", uma espécie de alerta na possibilidade de formação do La Niña — explica o meteorologista César Soares, do Climatempo.
De acordo com o portal Climatempo, as temperaturas mais baixas, registradas durante o inverno, podem indicar sinais de influência de um "quase" La Niña, que favorece a entrada de massas de ar polar, causadoras do frio intenso experimentado no sul do país.
La Niña em cada região
Caso o fenômeno La Niña realmente ocorra, poderá provocar chuvas irregulares na região Sul do país, o que coloca o setor da agricultura em alerta, e pode comprometer o abastecimento hídrico.
Na região Sudeste, o evento climático aumenta as chances de onda de frio e causa temperaturas abaixo da média.
Para região Norte, espera-se uma quantidade de chuva acima da média, o que aumenta o risco de elevação do nível de rios. (Com O Globo)