Uma vítima do acidente de bonde em Lisboa, que inicialmente foi declarada morta, foi encontrada viva. O pai alemão de três filhos foi inicialmente relatado como tendo morrido no acidente na frente do filho. Sua família, devastada, foi informada de que ele estava entre os mortos e sua esposa gravemente ferida.
A família, de Hamburgo, compareceu ontem ao Instituto Médico Legal após ser informada de que ele era uma das 16 pessoas mortas quando o icônico funicular descarrilou e colidiu com um prédio de esquina na noite de quarta-feira (3), em Lisboa. No entanto, não conseguiram identificar o corpo.
Um policial local levou a família ao hospital na capital portuguesa, onde estavam os feridos, e ele foi encontrado entre eles. A polícia ainda tenta identificar três vítimas. Os investigadores tiveram que revisar o número de mortes duas vezes. Com base nas evidências encontradas no local do acidente, as vítimas podem incluir dois canadenses, um americano, um alemão e um ucraniano, disse Luis Neves, chefe da polícia investigativa nacional.
O Elevador da Glória, em Lisboa – uma das atrações mais famosas da capital portuguesa – caiu enquanto imagens de terror flagravam espectadores gritando "tem crianças lá embaixo" por volta das 18h de quarta-feira. Uma investigação foi iniciada pelo Ministério Público português, mas a causa da colisão fatal ainda é desconhecida. Um guarda-freios português que trabalhava no funicular — André Jorge Gonçalves Marques, de 40 anos — foi a primeira vítima identificada.
A ferrovia opera dois bondes paralelos, um subindo a ladeira e o outro descendo por uma estrada com uma curva. Relatos iniciais do desastre sugerem que o funicular se soltou antes de cair. Este funicular histórico foi inaugurado em 1885 e cada vagão tem capacidade para cerca de 43 pessoas. O Funicular da Glória foi eletrificado em 1915 e transporta cerca de três milhões de pessoas por ano, entre turistas e moradores locais. (Por Crescer)