Mato Grosso do Sul tem avançado no enfrentamento da mortalidade materna e quer antecipar a meta estabelecida nos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, que prevê reduzir para menos de 30 óbitos por 100 mil nascidos vivos até 2030.
Nos últimos cinco anos, o Estado conseguiu reduzir de forma significativa as mortes de mulheres durante a gestação, parto e até 42 dias após o nascimento do bebê.
A exceção foi o ano de 2021, quando a pandemia de Covid-19 impactou os indicadores e elevou temporariamente os números.
Com a proposta de acelerar esse processo, o governo estadual lançou a “Campanha Digital de Maio”, uma mobilização voltada tanto para os gestores da saúde quanto para a população em geral. A ideia é reforçar o alerta sobre a importância do acompanhamento durante toda a gestação e do acesso aos serviços de saúde.
“Essa redução expressiva que tivemos nos últimos anos mostra que estamos no caminho certo, mas ainda há muito o que fazer. Precisamos garantir que toda mulher tenha acesso ao pré-natal e ao acompanhamento adequado até o puerpério. Cada vida importa”, afirma Hilda Guimarães, gerente da Vigilância do Óbito Materno e Infantil da SES (Secretaria de Estado de Saúde).
Somente neste ano, Mato Grosso do Sul registrou nove óbitos maternos, o que acende o sinal de alerta sobre a necessidade de manter o tema em debate e as ações em pleno funcionamento.
“A campanha é um chamado à sociedade. Precisamos que as mulheres busquem os serviços de saúde, façam os exames, recebam o acompanhamento. Informação e acesso salvam vidas”, reforça Hilda.
O tema ganha ainda mais visibilidade neste mês, que marca o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna e o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, comemorados em 28 de maio. A data é mais do que simbólica: serve como lembrete da responsabilidade coletiva em proteger a vida de quem gera vidas.