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Tumulto e silêncio marcam CPI do transporte em Campo Grande

João Rezende, ex-representante do consórcio, causou revolta entre os vereadores ao se calar diante de perguntas centrais sobre a falta de investimentos na frota entre 2012 e 2019

Conjuntura Online
16/06/25 às 20h30
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Ex-coordenador do Consórcio, João Rezende, durante a sessão — (Foto: José Aparecido/TV Morena)

A sessão da CPI do transporte coletivo desta segunda-feira (16) foi marcada por embates, tentativas de omissão e troca de acusações que escancararam o impasse entre o Consórcio Guaicurus e a Prefeitura de Campo Grande.

O depoente João Rezende, ex-representante do consórcio, causou revolta entre os vereadores ao se calar diante de perguntas centrais sobre a falta de investimentos na frota entre 2012 e 2019 — justamente quando a operação era financeiramente equilibrada, segundo os dados da própria CPI.

O silêncio estratégico irritou os parlamentares. A frota envelhecida, com cerca de 100 ônibus fora do limite de idade previsto em contrato, virou alvo de questionamentos incisivos.

Diante da pressão, Rezende voltou a falar e transferiu a responsabilidade pela precariedade do sistema à gestão municipal. Segundo ele, a prefeitura falhou no cumprimento contratual ao atrasar reajustes de tarifas e aplicar valores abaixo do acordado.

“Nenhuma tarifa foi decretada na data correta desde 2013. Muitas vezes, com valores reduzidos. Isso impediu qualquer possibilidade de reinvestimento”, disparou. Ele afirmou ainda que, no sétimo ano da concessão, sequer houve o reequilíbrio financeiro previsto em contrato.

Apesar das críticas, Rezende reconheceu que o consórcio também tem culpa no colapso do sistema. Ele mencionou que até 2019, mesmo sem cumprir as projeções da licitação, o volume de passageiros ainda sustentava a operação. “Hoje, a realidade é outra. Em 2024, transportamos 37 milhões de passageiros, mas a receita não cobre os custos”, completou.

A prefeitura foi procurada para responder às acusações, mas não se manifestou até a publicação da matéria.

A CPI volta a se reunir na quarta-feira (18), com a presença do atual presidente do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira, e do empresário Paulo Constantino, sócio do grupo.

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