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Política

Clima de tensão cresce entre Câmara e Senado após queda da PEC da Blindagem

Deputados avaliam que Davi Alcolumbre rompeu acordo e cobram reação de Hugo Motta; proposta foi barrada por unanimidade na CCJ do Senado

Conjuntura Online
27/09/25 às 08h07
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Hugo Motta e Davi Alcolumbre, presidentes de Câmara e Senado, cumprimentam-se. (Foto: Reprodução)

O clima de tensão entre as duas Casas do Congresso Nacional aumentou após a rejeição da PEC da Blindagem pelo Senado, em uma votação que expôs divergências e feriu a relação política entre deputados e senadores.

A decisão foi recebida com revolta na Câmara, onde parlamentares classificaram o episódio como uma “humilhação institucional” e passaram a discutir retaliações. No epicentro da crise, a liderança do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), também começou a ser colocada em xeque por aliados e adversários.

A proposta, aprovada pela Câmara com 353 votos a 134, previa que a abertura de ações penais ou a prisão de parlamentares dependeria de autorização do próprio Congresso, em votação secreta.

O texto, apelidado de “PEC da Bandidagem” por críticos, foi rejeitado por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, após forte pressão popular e manifestações contrárias em várias capitais.
Nos bastidores, deputados dizem que havia um acordo entre Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para a PEC avançar.

Como o texto foi arquivado, parlamentares cobram que o presidente da Casa “defenda a Câmara” e acusam-no de adotar discursos diferentes em público e em reuniões internas. Aliados próximos de Motta afirmam que o acordo de fato existiu, mas que não é do perfil do dele confrontar publicamente Alcolumbre. A percepção, no entanto, é de que sua liderança saiu fragilizada.

Deputados discutem travar projetos de interesse dos senadores e até direcionar a CPI do INSS contra o Senado. Outra possibilidade seria atrasar a tramitação de propostas originadas na Casa vizinha. A rejeição também colocou em dúvida a tramitação do projeto que trata da anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. O relator, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), admite que o clima de desconfiança pode travar a votação.

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