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Política

EUA dobram recompensa por pistas que levem à prisão de Maduro

Uma recompensa por informações que levem à captura de Maduro, acusado pelos EUA de tráfico de drogas, foi dobrada

Conjuntura Online
08/08/25 às 13h45
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Maduro já refutou antes acusações dos EUA de que teria envolvimento direto com o narcotráfico (Foto: AFP via Getty Images/BBC News Brasil)

Os Estados Unidos dobraram a recompensa por informações que levem à prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões), acusando-o de ser "um dos maiores narcotraficantes do mundo".

O presidente dos EUA, Donald Trump, é um crítico de longa data de Maduro — que retornou ao cargo em janeiro após uma eleição marcada por acusações de fraude eleitoral e perseguição à oposição.

Os resultados do pleito venezuelano foram amplamente rejeitados pela comunidade internacional.

Apesar das hostilidades e diferenças, há quem veja uma aproximação recente e pragmática entre EUA e Venezuela, por exemplo com uma troca de prisioneiros em julho.

A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, afirmou que seu país dobraria recompensa já anunciada de US$ 25 milhões e que Maduro estaria diretamente ligado a operações de tráfico de drogas.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, disse que a nova oferta de US$ 50 milhões é "patética" e parte de uma "propaganda política".

"Não estamos surpresos, vindo de quem vem", disse Gil, acusando Bondi de buscar uma "distração desesperada" para encobrir críticas à sua atuação nas investigações sobre o agressor sexual Jeffrey Epstein.

No primeiro mandato de Trump, o governo americano acusou Maduro e outras autoridades venezuelanas de uma série de crimes, incluindo narcoterrorismo, corrupção e tráfico de drogas.

Na época, o Departamento de Justiça dos EUA alegou que Maduro havia trabalhado com o grupo rebelde colombiano Farc para "usar cocaína como arma para 'inundar' os Estados Unidos".

Em um vídeo publicado na rede social X nesta quinta-feira (07/08), Bondi acusou Maduro de trabalhar com grupos como o Tren de Aragua, uma gangue venezuelana que o governo Trump declarou ser uma organização terrorista; e o Cartel de Sinaloa, uma poderosa rede criminosa do México.

Bondi afirmou que a DEA (Agência Antidrogas dos EUA) havia "apreendido 30 toneladas de cocaína ligadas a Maduro e seus associados, com quase sete toneladas ligadas ao próprio Maduro".

O presidente venezuelano, que sucedeu Hugo Chávez em 2013 e é líder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), já havia refutado acusações dos EUA de que teria envolvimento direto com o narcotráfico.

Em junho, Hugo Carvajal, ex-chefe da inteligência militar da Venezuela, foi condenado por várias acusações relacionadas ao tráfico de drogas após ser preso em Madri e levado a julgamento nos EUA.

Carvajal era um temido espião que atendia pelo apelido El Pollo ("A Galinha"), mas fugiu da Venezuela após pedir ao exército que apoiasse Juan Guaidó, candidato da oposição, e derrubasse Maduro.

Inicialmente, Carvajal negou as acusações de tráfico de drogas, mas posteriormente mudou sua declaração de culpa, alimentando especulações de que teria fechado um acordo com as autoridades americanas para obter uma pena menor em troca de informações incriminatórias sobre Maduro.

O Reino Unido e a União Europeia anunciaram sanções contra o governo de Maduro após seu retorno ao poder no início deste ano. (Com BBC News)

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