O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou ao centro do noticiário com mais uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou reforço de policiamento em sua casa, em Brasília.
Para aliados, a medida simboliza a continuidade de uma perseguição implacável, iniciada ainda nas eleições de 2022, quando Bolsonaro passou a ser alvo constante das decisões do Supremo, isso por ter criticado o sistema eleitoral que, para muitos foi fraudulento.
A ordem de Moraes seguiu manifestação da PGR, que alegou “risco de fuga” do ex-presidente, mas é vista pela oposição como parte de uma estratégia política do ministro, que mantém boa relação com o presidente Lula e trabalha para garantir a estabilidade do PT no poder.
Críticos afirmam que, sob o pretexto de medidas cautelares, o magistrado age de forma a enfraquecer a direita e seus representantes.
Parlamentares da oposição acusam Moraes de descumprir a Constituição e atropelar a harmonia entre os poderes, acumulando ações monocráticas que, segundo eles, extrapolam os limites legais.
Entre as queixas mais recorrentes da oposição está a percepção de dois pesos e duas medidas: enquanto tudo parece proibido para os partidos de direita, à esquerda tudo é permitido.
O exemplo citado com frequência é o escândalo do INSS, que envolve até o irmão do presidente Lula, José Ferreira da Silva, conhecido como “Frei Chico. Apesar do rombo bilionário já confirmado em R$ 6,3 bilhões — com estimativas que podem elevar o prejuízo a R$ 90 bilhões —, ninguém foi preso até agora.
Esse desgaste crescente alimenta discussões no Congresso sobre a abertura de um processo de impeachment contra o ministro, tese que ganha força em meio às recentes decisões polêmicas.
Repercussão internacional
A tensão não se limita às fronteiras brasileiras. Moraes se tornou alvo de sanções nos Estados Unidos, aplicadas pelo presidente Donald Trump, em resposta ao que foi classificado como perseguição a Bolsonaro e seus aliados.
Para a oposição, o episódio expôs internacionalmente os abusos do Judiciário brasileiro e reforçou a necessidade de frear o poder concentrado no STF.
Monitoramento 24 horas
Na decisão desta terça-feira (26), Moraes determinou que a Polícia Penal do DF faça vigilância em tempo integral na residência de Bolsonaro, onde ele cumpre prisão domiciliar. Embora tenha exigido “discrição” das equipes para evitar constrangimentos, a medida amplia o cerco contra o ex-presidente justamente às vésperas de seu julgamento no STF, marcado para setembro. (Com informações da Metrópoles)