Economistas consultados pelo Banco Central fizeram leves ajustes para baixo em suas estimativas para inflação neste ano e no próximo e mantiveram seus cálculos para o crescimento da economia e para a taxa básica de juros, mostrou a edição mais recente do boletim Focus divulgada nesta segunda-feira (29).
Para a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), referência para o regime de metas, os economistas estimam agora uma alta de 4,81% ao final deste ano, ante 4,83% há uma semana, ao passo que, para 2026, o cálculo é de inflação de 4,28%, contra 4,29% uma semana atrás.
Os agentes mantiveram ainda suas projeções para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2025 e 2026 -- 2,16% e 1,80%, respectivamente --, assim como para a taxa básica de juros Selic também para este ano e o próximo -- 15,00% e 12,25%, respectivamente.
Neste mês, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 15% ao ano.
Na ata sobre a reunião em que a decisão foi tomada, o Copom afirmou que, após avaliar os efeitos acumulados do choque de juros, entrou agora em um novo estágio da política monetária que prevê taxa Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação.
A meta de inflação estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. Em agosto, o IPCA acumulado em 12 meses registrou alta de 5,13%, após registrar uma deflação de 0,11% naquele mês.
Os cerca de 100 economistas ouvidos pelo BC no Focus fizeram ainda ligeiras revisões para baixo nas projeções para a cotação do real em relação ao dólar.
Para este ano, a expectativa é de que o dólar termine negociado a R$ 5,48, ante R$ 5,50 na semana anterior, enquanto para 2026 os agentes veem o dólar ao final do ano em R$ 5,58, ante R$ 5,60. (Com Reuters)