O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que é uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,35% em maio. Foi a maior para o mês desde 2016, quando ficou em 0,86%, aponta levantamento divulgado nesta sexta-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O índice desacelerou em relação a abril, quando ficou em 0,72%. No entanto, acelerou no indicador acumulado no ano (de 1,91% para 2,27%) e no acumulado em 12 meses (de 4,71% para 4,93%), que ficou acima do centro da meta estabelecida pelo governo.
Remédio e gasolina
De acordo com o IBGE, a alta da inflação em maio foi puxada, principalmente, pelo aumento dos preços da gasolina (3,29%), que exerceu o maior impacto individual sobre o indicador, e de remédios (2,03%).
Dos nove grupos de produtos pesquisados, Saúde e cuidados pessoais e Transportes foram os que tiveram as maiores altas, respectivamente de 1,01% e 0,65%, ambos com impacto de 0,12 pontos percentuais sobre o índice geral.
No grupo de Saúde e cuidados pessoais, também tiveram alta os planos de saúde (0,80%) e os artigos de higiene pessoal (0,62%), que também provocaram impacto relevante.
Já o grupo dos Transportes sofreu pressão também do etanol (4%). Em contrapartida, a queda nos preços das passagens aéreas (-21,78%) ajudaram a conter o índice.
Alimentação estável
Depois de registrar alta de 0,92% em abril, o grupo de Alimentação e bebidas ficou estável (0,00%) em maio. Segundo o IBGE, embora a alimentação fora do domicílio tenha subido 0,48%, a alimentação no domicílio recuou 0,26%.
As quedas mais notáveis foram do feijão-carioca (-11,55%), das frutas (-3,08%) e das carnes (-0,52%) e os principais alimentos em alta foram o tomate (13,08%) e a batata-inglesa (4,12%).
O grupo de alimentação e bebidas é o que tem maior peso no índice da inflação. Ele responde por cerca de 25% das despesas das famílias no Brasil.