O governador Eduardo Riedel (PSDB) e o presidente do Paraguai, Santiago Peña Palacios, cumprem nesta semana uma agenda binacional em Mato Grosso do Sul para discutir os próximos passos da Rota Bioceânica — projeto que vai encurtar distâncias entre o Centro-Oeste brasileiro e os portos do Pacífico, ampliando o acesso do agronegócio aos mercados da Ásia.
A visita, que ocorre nos dias 2 e 3 de outubro, inclui compromissos em Porto Murtinho, Dourados, Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, com foco em infraestrutura, logística e integração regional.
O primeiro compromisso será em Porto Murtinho, na vistoria da ponte binacional sobre o Rio Paraguai, principal obra do corredor internacional que ligará Brasil e Paraguai. Técnicos dos dois países devem avaliar o andamento das obras, segurança estrutural e acessos complementares, como contornos rodoviários e praças alfandegárias.
Riedel já destacou que a construção da ponte e de seus acessos é essencial para o escoamento da produção e para transformar Mato Grosso do Sul em eixo logístico do Cone Sul. O Estado, segundo ele, investiu quase R$ 1 bilhão em infraestrutura na região, com pavimentações, revitalização da BR-267 e obras no anel rodoviário de Murtinho.
Após a agenda na fronteira, a comitiva segue para Dourados, onde visitará as instalações da JBS, um dos maiores frigoríficos do país. À noite, Riedel oferece recepção oficial em Campo Grande, no Parque das Nações Indígenas, reunindo autoridades e representantes do setor produtivo.
Na sexta-feira (3), o encontro será em Ribas do Rio Pardo, com visita à fábrica da Suzano, símbolo da nova fase industrial do Estado e um dos maiores investimentos privados do país. Também estão previstos debates técnicos e reuniões bilaterais para tratar de protocolos aduaneiros, transporte e cooperação econômica.
Integração e sustentabilidade
Além da pauta logística, a agenda deve incluir temas como neutralidade de carbono, preservação do Pantanal e expansão industrial sustentável.
“Mato Grosso do Sul é uma potência agroambiental, e a Rota Bioceânica é o caminho para combinar competitividade com responsabilidade ambiental”, destacou Riedel.
O corredor logístico deve reduzir em até 17 dias o tempo de transporte de cargas rumo à Ásia, o que representa economia significativa no frete e maior competitividade para produtores brasileiros.