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Moraes determina soltura de 3 coronéis da PM do DF por omissão no 8 de janeiro

A decisão de Moraes está sob sigilo, mas foi confirmada pela CNN

28/03/2024 - 17h18

Brasília 

Com CNN

Policiais da Cavalaria da Polícia Militar do Distrito Federal ajudam na dispersão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro da Praça dos Três Poderes, em Brasília (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou soltar três coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal réus por omissão nos atos criminosos e golpistas de 8 de janeiro de 2023.


Os coronéis Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, Klepter Rosa Gonçalves e Fábio Augusto Vieira ficarão em liberdade provisória e terão de cumprir uma série de ordens impostas pelo ministro. A decisão de Moraes está sob sigilo, mas foi confirmada pela CNN.


Os militares terão de usar tornozeleira eletrônica, estão proibidos de deixar o Distrito Federal e deverão passar as noites e os finais de semana em regime domiciliar. Os três terão que se apresentar todas as segundas-feiras na Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.


Os coronéis estão proibidos de deixar o Brasil e terão de entregar seus passaportes à Justiça. Os documentos devem ser cancelados provisoriamente pela Polícia Federal.


Os três terão ainda seus documentos de porte de arma de fogo e eventuais certificados de registro para realizar atividades de colecionamento de armas de fogo, tiro desportivo e caça suspensos por ordem do ministro.


Os militares também estão proibidos de utilizar redes sociais e de se comunicar com os demais investigados.


Eles foram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) acusados de terem cometido os crimes de omissão, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado e violação dos deveres.


Klépter Rosa e Fábio Augusto Vieira são ex-comandantes da PM-DF. Vieira comandava a corporação em 8 de janeiro e foi afastado depois dos atos. Rosa assumiu o comando nomeado pelo então interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli. Na época dos atos de 8 de janeiro, ele era subcomandante-geral da PM.


O coronel Marcelo Casimiro comandava o 1º CPR (Comando de Policiamento Regional) da PM do DF.

Foi ele quem designou o major Flávio Silvestre para comandar a tropa de choque em campo. Segundo a PGR, ele tinha a incumbência, com o 1º CPR de “impedir “o acesso de pessoas e veículos à Praça dos Três Poderes””, sendo a autoridade responsável “pelo policiamento ostensivo, preventivo e especializado”.


“Casimiro poderia, com o comando da estrutura do 1º CPR, ter feito adequada cobertura da área sob sua circunscrição”, afirmou a denúncia da PGR. Ele também estava entre os oficiais que trataram com “deboche” e “risos” os atos criminosos de 8 de janeiro.


As investigações apontam, entre outros motivos, que os militares demoraram a enviar informações ao STF para prejudicar e retardar as investigações, determinaram o emprego de efetivo insuficiente, trocaram mensagens “contendo teorias conspiratórias e golpistas” e deixaram de agir diante dos crimes cometidos pelos vândalos.


Em novembro do ano passado, o ministro manteve os militares presos e justificou a ordem alegando haver risco de que eles pudessem interferir nas investigações, caso fossem soltos.

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