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Sem Ronaldo no Cruzeiro, Rodrigo Capelo aponta semelhança com a SAF do Atlético

Especialista vê situação parecida entre Pedro Lourenço, novo proprietário das ações do Cruzeiro, e Rubens Menin, do Atlético-MG

30/04/2024 - 18h37

Belo horizonte (MG)

Com ge

Rubens Menin e Ronaldo; Atlético-MG e Cruzeiro (Foto: ge)

O Cruzeiro iniciou, oficialmente, os trabalhos sob nova direção. Sai Ronaldo, entra Pedro Lourenço. É um novo modelo que, na teoria, assemelha-se ao do Atlético-MG, comandado por quatro torcedores do clube. 


É a avaliação feita por Rodrigo Capelo, especialista em negócios no esporte, em participação no Seleção Sportv. 


A semelhança apontada por Capelo se dá em função da forma como Pedro Lourenço agia em apoio ao clube em gestões anteriores, antes da transformação em SAF. Ele, assim como Rubens Menin no Atlético-MG, emprestava dinheiro ao Cruzeiro para pagamento de despesas e contratações.


- O Rubens Menin foi mecenas por muito tempo, emprestou dinheiro a título de amor, para que dirigentes amadores fizessem futebol. O Pedrinho, idem. Desde o Perrela, passando por Gilvan... quando o Alexandre foi diretor de futebol, já tinha dinheiro do Pedrinho. Durante muitos e muitos anos, quando dirigentes precisavam de dinheiro, eles iam até o Pedrinho e falavam que precisavam de pagar folha, contratar jogador.


"Ele emprestava a fundo perdido, um dinheiro que não voltava. Supostamente voltaria, mas não voltava."

Na entrevista de apresentação no Cruzeiro, Pedro Lourenço citou que resolveu adquirir as ações da SAF justamente pelo amor ao clube. Capelo alerta para o fato de que o eventual prejuízo, agora que Pedrinho é dono, será muito maior do que aquele relacionado aos empréstimos que fazia à associação.


- Agora, vai mudar a relação, porque passa a ser dono. Essa mesma mudança houve com o Menin. Ele muda a responsabilidade que passa a ter, porque passa a ser responsável pelo resultado financeiro. A mesma coisa acontece com o Pedro.


"Se a SAF se endividar além da conta, o problema vai ser do Pedro. Antes, o prejuízo se limitava ao dinheiro que ele emprestava e não voltava. Neste sentido, é uma transição que Atlético e Cruzeiro fazem no mesmo momento."


Assim como ocorreu com gestões da associação civil do Cruzeiro, Pedrinho se tornou parceiro comercial de Ronaldo na SAF. No ano passado, ele realizou aporte de R$ 100 milhões, que agora entraram no montante final do acordo para venda das ações ao empresário. O valor total transação não foi divulgado oficialmente.

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