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Apesar de críticas, Senado mantém discussão sobre PEC do Quinquênio

Se aprovado, texto deve enfrentar resistência entre os deputados, disse o presidente da Câmara

25/04/2024 - 07h42

De Brasília 

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O Senado realiza, nesta quinta-feira (25), a terceira sessão de discussão da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio.


O debate ocorre em meio às críticas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sobre a proposta, que prevê um bônus mensal de valorização por tempo de exercício para agentes públicos de carreiras jurídicas, como juízes, procuradores e defensores públicos.


Na quarta (24), Lira disse que, se aprovado pelo Senado, o texto deve enfrentar resistência entre os deputados.


Segundo ele, a resistência se dará em razão das estimativas de custos aos cofres públicos, que poderão sofrer um impacto de até R$ 82 bilhões em três anos.


“Há preocupação com o custo que esse projeto pode dar”, disse Lira durante agenda em Brasília. “Acho que vai ter muitas resistências [na Câmara]. Não estou aqui para fazer críticas ao Senado, mas alguns projetos que tramitaram no Senado nos trouxeram algumas situações de despesas”, complementou.


O presidente da Casa disse entender que o intuito do projeto é valorizar a magistratura para “manter juízes idôneos nos cargos”, mas que, para tratar de “salário de juiz e algumas leis sobre a magistratura, não é abrindo o benefício para todas as carreiras que vai se resolver”.


Discussão no Senado


Na semana passada, a PEC recebeu o aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Agora, aguarda a tramitação no plenário.


Por se tratar de uma emenda à Constituição, o regimento do Congresso prevê que o texto seja debatido em cinco sessões antes de ir à votação em primeiro e segundo turno.


Para ser aprovada, a PEC precisa do apoio mínimo de 49 dos 81 senadores. Se aprovada, precisará do aval de 307 dos 513 deputados.


Em paralelo ao avanço da tramitação da PEC, o governo busca articular contra o texto da forma como está.


A avaliação de aliados do governo é de que o país vive um momento “sensível” em relação às contas públicas, com reivindicações de várias carreiras do funcionalismo por readequações salariais.

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