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Megaoperação no Alemão e Penha tem 5 mortos, entre eles um policial

Parte dos procurados, pelo menos 30, são do Pará. Traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas

Conjuntura Online
28/10/25 às 09h55
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Barricadas em chamas em reação à Operação Contenção (Foto: Reprodução/TV Globo)

Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ tentam prender, nesta terça-feira (28), cerca de 100 traficantes do CV (Comando Vermelho). Até a última atualização desta reportagem, 4 suspeitos e 1 policial civil tinham morrido em confronto.

Esta é mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente do governo do estado de combate ao avanço da facção por territórios fluminenses. Veja aqui os impactos à população nesta terça.

Desta vez, as equipes foram para os complexos do Alemão e da Penha, um conjunto de 26 comunidades na Zona Norte do Rio de Janeiro — e onde, segundo as investigações, se refugiam chefes do CV do RJ e de outros estados.

Traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas — dezenas de colunas de fumaça podiam ser vistas de diversos pontos da cidade. A Polícia Civil afirmou ainda que, em retaliação, criminosos lançaram bombas com drones. Outros fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à disparada de bandidos em 2010, quando da ocupação do Alemão.

Balanço parcial:

4 suspeitos haviam sido mortos em confronto. Dois eram da Bahia; outro, do Espírito Santo.
1 policial civil morreu baleado. Outros 6 policiais, entre PMs e civis, também foram atingidos.
Além deles, 3 inocentes foram baleados: um homem em situação de rua foi atingido nas costas por uma bala perdida e levado para o Getúlio Vargas; uma mulher que estava em uma academia também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.
25 homens foram presos — 5 foram baleados e internados sob custódia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.
Policiais apreenderam 10 fuzis, 2 pistola e 9 motos.

Operador do CV preso

Entre os presos está Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro de um dos chefes do CV, Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a operação foi desenhada com antecedência e não contou com apoio do governo federal.

"Toda essa logística é do próprio estado. São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro", disse.

Santos destacou que cerca de 280 mil pessoas vivem nas áreas afetadas pela operação. “Essa é a realidade. Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, e que vai continuar”, afirmou o secretário.

Impactos

A Secretaria Municipal de Saúde informou que 5 unidades de Atenção Primária suspenderam o início do funcionamento e avaliam a possibilidade de abertura nas próximas horas. Uma clínica da família abriu, mas suspendeu as visitas domiciliares.

Já segundo a Secretaria Municipal de Educação, 28 escolas fecharam no Complexo do Alemão. Na Penha, 17 não abriram.

A Secretaria Estadual de Educação informou que 1 colégio precisou ser fechado.

O Rio Ônibus avisou que 12 linhas de ônibus estão com seus itinerários desviados preventivamente para a segurança de rodoviários e passageiros.

Desvios na Penha:

312 (Olaria-Candelária)
313 (Penha-Praça Tiradentes)
621 (Penha-Saens Peña)
622 (Penha-Saens Peña)
623 (Penha-Saens Peña)
625 (Olaria-Saens Peña)
628 (Penha-Nova América)
679 (Grotão-Méier)
721 (Vila Cruzeiro-Cascadura)
Desvios no Alemão:

292 (Engenho da Rainha-Castelo)
311 (Engenheiro Leal-Candelária)
711 (Rocha Miranda-Rio Comprido)

Alvos de outros estados
A ação desta terça, que também conta com promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), foi deflagrada após 1 ano de investigação pela DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes). Parte dos procurados, pelo menos 30, é do Pará.

Participam policiais militares do COE (Comando de Operações Especiais) e das unidades operacionais da PM da capital e Região Metropolitana. Já a Polícia Civil mobilizou agentes de todas as delegacias especializadas, distritais, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência.

A Operação Contenção conta ainda com helicópteros, blindados e veículos de demolição, além de ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate. (Com Bom Dia Rio)

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