A PMA (Polícia Militar Ambiental) iniciou em Corumbá um trabalho de orientação e fiscalização nas comunidades ribeirinhas do Rio Paraguai, onde, por tradição, a queima da vegetação para limpeza do terreiro da casa ou áreas de coleta de iscas e mel é apontada como uma das causas pela propagação de incêndios de grandes proporções no Pantanal.
Em uma investida por algumas horas nas áreas que margeiam o rio, próximas a cidade, os policiais ambientais constataram uma série de irregularidades, as quais tem sido recorrentes ao longo dos anos, embora os moradores argumentem desconhecer as leis de proteção ambiental. Sinais de queima na vegetação próxima à barranca do rio são comuns.
A ação da PMA, que deve perdurar enquanto ocorrer focos de calor, faz parte da Operação Pantanal II, deflagrada no último domingo pelo Governo do Estado com o apoio das Forças Armadas para combater os incêndios no bioma pantaneiro. Além do monitoramento das áreas com finalidade repressiva, a corporação iniciará um trabalho de conscientização dos ribeirinhos.
“O trabalho de conscientização é fundamental, pode evitar muitos danos ambientais, como os que estão ocorrendo agora”, afirmou o comandante da unidade da PMA em Corumbá, capitão Diego Ferreira. Segundo ele, muitos focos de calor não se consegue identificar a origem, contudo observa que os modos tradicionais dos ribeirinhos no uso do fogo é um forte indicativo de uma das causas destes acidentes florestais.
Campanhas educativas
O 6º Distrito Naval da Marinha, com sede em Ladário, apoia a iniciativa da PMA, colocando lancha e fuzileiros navais em ações conjuntas. Para o comandante da unidade, contra-almirante Sérgio Guida, somente com um trabalho preventivo, envolvendo e conscientizando estas populações tradicionais, será possível controlar a incidência de incêndios florestais.