O 1º site político de Mato Grosso do Sul   |   26 de Abril de 2024
Publicidade

Republicanos retiram projeto de reforma de saúde, na 1ª grande derrota de Trump

Proposta revogaria o 'Obamacare', programa de saúde criado pelo antecessor Barack Obama

24/03/2017 - 17h55

Por G1

Paul Ryan no Congresso nesta sexta (24) (Foto: AFP)

Os republicanos retiraram de apreciação nesta sexta-feira (24) sua proposta para reforma da saúde, que tentariam aprovar no Congresso em substituição ao programa do ex-presidente Barack Obama, o "Obamacare". Trata-se da primeira grande batalha e primeira grande derrota do novo governo americano no Legislativo.


Em coletiva de imprensa, o presidente da Câmara dos Representantes disse que sugeriu ao presidente Donald Trump que a Casa retirasse o projeto de apreciação depois que os republicanos não chegaram a um consenso sobre o voto, e que o presidente concordou acom a decisão. Mais cedo, um repórter do diário "Washington Post" relatou que recebeu uma ligação do próprio Donald Trump dizendo que "retiraram" o projeto.


O diário "The New York Times" relata que nos bastidores se formava uma rebelião entre conservadores e moderados dentro do próprio Partido Republicano. Da maneira como andava a negociação em torno do projeto, antevia-se uma derrota da proposta no Congresso: o presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, chegou a ir nesta sexta à Casa Branca para informar Trump de que não haveria votos suficientes para a aprovação.


Ryan foi à mansão presidencial faltando poucas horas para a votação na Câmara, para informar ao líder sobre a situação e tomar uma decisão conjunta sobre realizar a votação ou descartar as negociações acerca da proposta que agora está na mesa.


Adiamento


Na quinta-feira, a liderança republicana já teve que adiar a votação que estava prevista por não conseguir um consenso dentro de sua própria bancada e não contar com os votos suficientes para aprovar a legislação.


Após esse primeiro revés, Trump deu um ultimato aos republicanos, exigiu que convocassem uma votação para sexta apesar da falta de acordo e assegurou que não estaria disposto a prolongar mais as negociações. Assim caso perdesse, estaria disposto a deixar em andamento o Obamacare.


Um dos problemas enfrentados por Trump para conseguir a aprovação foi o Freedom Caucus (Bancada da Liberdade), grupo ultraconservador de legisladores que criou dificuldades para um acordo porque quer menos regulamentações e que os cidadãos sejam capazes de escolher quais os cuidados médicos serão cobertos por seus planos de saúde.


Entenda o que está em jogo


Criada em 2010, a lei conhecida como Obamacare ampliou o acesso universal à saúde, mas aumentou os preços de planos para quem não recebe assistência do governo.


A lei tem várias regras, como a proibição de que planos de saúde aumentem preços com base no histórico do paciente ou neguem cobertura a doentes graves.


Em troca, o Obamacare exige que todo americano ou estrangeiro que vive nos EUA tenha um plano de saúde.


Trump considera o Obamacare muito caro e coercitivo. Derrubar a lei e substituí-la foi uma importante promessa de sua campanha.


Uma nova lei proposta pelos republicanos manteria subsídios do governo a alguns setores da população, mas os montantes seriam menores. E a reforma tiraria a multa a quem não tiver plano de saúde.

Grupos mais conservadores do Partido Republicano não aceitam nenhum tipo de subsídio, por isso, desaprovavam a proposta de Trump.


Estima-se que o atual plano republicano pode deixar 14 milhões sem seguro saúde em um ano.

Leia Também
Comente esta notícia
0 comentários
Mais em Política
Colunistas
Ampla Visão
Copyright © 2004 - 2015
Todos os direitos reservados
Conjuntura Online