“Não há dinheiro novo para nada nos próximos 20 anos”, A afirmação foi feita pelo presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios), Paulo Ziulkoski, em entrevista ao jornal Zero Hora.
Ele alertou que a crise econômica enfrentada pelos municípios deve se tornar ainda mais grave neste ano de 2018 e lamentou o não repasse do aporte financeiro previsto para entrar em dezembro de 2017 no valor de R$ 2 bilhões.
A reportagem divulgou estudo da entidade que aponta: no Rio Grande do Sul, 24,9% das administrações locais fecharam o ano de 2017 com as contas no vermelho.
O levantamento mostra que, apesar das dificuldades, 96,2% dos municípios gaúchos não atrasaram os pagamentos aos funcionários em dezembro do ano passado e 97,9% não atrasaram o 13º. Já 362 municípios admitiram que deixaram restos a pagar para 2018.
O levantamento mostra que 57,2% das 467 prefeituras gaúchas contavam com o AFM (Auxílio Financeiro aos Municípios) para honrar os compromissos do ano passado. Em 2017, 187 municípios atrasaram o pagamento de fornecedores. Ziulkoski destacou que a União alegou falta de previsão orçamentária para honrar o acordo.
AFM
Segundo o presidente da República, o governo deverá enviar na segunda-feira, 5 de fevereiro, um Projeto de Lei (PL) ao Congresso para possibilitar o pagamento do aporte financeiro aos Municípios.
Em relação ao pagamento, o presidente da CNM afirmou que a matéria a ser enviada prevê que 50% do montante terá de ser repassado para área de Saúde, 30% para Educação e 20% para a Assistência Social.