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Acordo entre PSDB, PSD, DEM e PTB tende a isolar candidatura do PMDB em 2018

Pacto envolvendo Reinaldo, Marquinhos, Zé Teixeira e Nelsinho neutraliza projeto adversário rumo ao governo

20/01/2017 - 08h13

Willams Araújo

Campo Grande

Convênio foi assinado na última quinta-feira (Foto: Chico Ribeiro )

Acordo iminente entre PSDB, PSD, DEM e PTB tende a isolar a candidatura do PMDB ao governo de Mato Grosso do Sul em 2018, frustrando assim a expectativa do retorno do ex-governador André Puccinelli (PMDB) ao Parque dos Poderes.


Pacto envolvendo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o prefeito de Campo Grande, Marquinhos (PSD), o deputado federal Luiz Henrique Mandetta, o deputado estadual Zé Teixeira, ambos do DEM, e o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB) deve neutralizar projeto adversário rumo ao governo.


A ideia é fortalecer o projeto de reeleição de Reinaldo Azambuja contando com a anuência das principais forças políticas sul-mato-grossenses, ano que vem.


O entendimento começou a ser discutido antes mesmo da virada do ano e passou pela eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).


No primeiro caso, o acordo devolveu ao deputado estadual Júnior Mochi (PMDB) ao comando da Assembleia.


Mesmo pertencente ao partido do ex-governador, Mochi assumiu compromisso em caminhar junto com o governador Reinaldo Azambuja na campanha eleitoral do ano que vem, posição que acaba de certa forma fragilizando o grupo político capitaneado por André Puccinelli, sobretudo, minando as bases eleitorais peemedebistas que não contavam com esse revés político no Estado.


Fortalecido nas eleições municipais de outubro, quando elegeu 36 prefeitos, o PSDB marcha firma em busca de se tornar hegemônico no Estado, caso o projeto de reeleição de Reinaldo Azambuja tenha êxito, da mesma forma com que ocorreu nos mandatos de Zeca do PT e André Puccinelli, ambos reeleitos em suas épocas.


O líder tucano sabe que essa costura política com as principais lideranças desses partidos é importante para viabilizar sua candidatura à reeleição, por isso mantém conversações constantes na tentativa de consolidar o seu projeto.


A aproximação com Marquinhos Trad é um prenúncio desse pacto político. Nesta quinta-feira (19) mesmo o governo de Reinaldo oficializou convênio com a prefeitura que prevê investimento de R$ 50 milhões para recuperar, em caráter emergencial, a malha viária da Capital.


Em discurso, Reinaldo que está licenciado do cargo, reforçou a importância da parceria para acelerar os trabalhos da operação tapa-buracos. 


“Com o documento assinado podemos fazer a transferência do recurso e, com isso, será possível o prefeito acelerar esse trabalho e recuperar um número maior de buracos com o aumento das equipes. Precisamos pensar agora em atacar os pontos emergenciais, mas essa parceria será uma constante nos próximos anos. Fácil não está para ninguém, mas quando há boa vontade dos gestores, como é o caso do prefeito de Campo Grande, a gente prova que dá para resolver os problemas”, ressaltou o líder tucano. 


Entretanto, o acordo visando às eleições passa pela composição da chapa majoritária de modo que contemple políticos interessados em cargos eletivos, como, por exemplo, o ex-prefeito Nelsinho Trad, que sonha com o Senado, e o retorno do ex-deputado federal Fábio Trad (PSD) à Câmara dos Deputados, caso não haja impedimentos no futuro em razão de algumas pendências judiciais.  


ALTERNATIVAS

O ex-governador André Puccinelli (PMDB) (Foto: Divulgação )

Visto como principal adversário dos tucanos, a cúpula do PMDB nutre esperança na candidatura de André Puccinelli, que também precisa viabilizar seu nome tendo em vista as denúncias de supostas irregularidades ao longo de seu mandato, alvo de investigações da Operação Lama Asfáltica, tendo culminado inclusive com as prisões do ex-deputado federal Edson Giroto (PR), ex-secretário de Obras do governo do Estado, e do empreiteiro João Amorim.


Os nomes dos senadores Waldemir Moka e Simone Tebet surgem como alternativas dentro dos quadros peemedebistas, embora tenham se manifestado publicamente contrários à indicação para postular o governo estadual.


O deputado federal Zeca do PT também é lembrado dentro do Partido dos Trabalhadores para disputar o cargo. Particularmente, o líder petista prefere concorrer ao Senado.

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