A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), fez duras críticas a adversários políticos e classificou como um “ataque coordenado” o protesto que interrompeu um evento natalino promovido pela Prefeitura.
A declaração foi dada nesta terça-feira (2), após a confusão que marcou a ação pública e resultou na detenção de manifestantes.
Segundo Adriane, episódios semelhantes têm ocorrido em diferentes agendas oficiais do Executivo municipal.
“Ficamos surpreendidos por um ataque coordenado que tem acontecido em todos os eventos da prefeitura”, afirmou.
A prefeita direcionou críticas diretas ao ex-prefeito Marquinhos Trad, hoje vereador da Capital, e à ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), ambos adversários políticos e alvos constantes de confrontos públicos durante o período eleitoral.
“E vou dizer uma coisa pra você: quem é Marquinhos Trad para querer defender mulheres nesta Capital? Campo Grande conhece a história dele. Ele não tem moral para defender as mulheres”, disparou.
Ela também subiu o tom ao se referir a Rose Modesto, que classificou como “eterna candidata”. Em suas palavras, “uma desocupada, que faz um ano que não desce do palanque eleitoral. A cada dois anos, ela é candidata e fica tumultuando os eventos”.
Adriane acrescentou que, para ela, “já passou da hora de trabalhar”, e que ambos “deveriam estar produzindo resultados para a cidade”.
A prefeita ainda afirmou que os atos têm buscado atingir sua honra e interferir no funcionamento de atividades públicas. “Eles querem ir para uma próxima eleição e ficam atacando os eventos da prefeitura e a minha honra”, disse.
Guarda Municipal reagiu após ser “surpreendida”, diz prefeita
Ao comentar a atuação da Guarda Civil Metropolitana durante o tumulto, Adriane Lopes defendeu a corporação e afirmou que o grupo foi confrontado por pessoas armadas.
“Hoje, eu vim aqui pra me defender e defender a instituição da Guarda Municipal. Se houve excessos, vai ser apurado, porque eles não estavam lá pra atacar ninguém”, declarou.
Em seguida, completou: “Vocês acham que as mães e os pais de família esperavam bandidos se manifestando no meio de um evento de crianças do Natal? E se a Guarda não tivesse reagido?”.
A prefeita também citou que um dos detidos no protesto possuía mais de 50 passagens pela polícia, sendo 30 delas por violência doméstica. Para ela, o caso revela “a hipocrisia” de parte do movimento que protagonizou o tumulto.
Clima político acirrado
As declarações reforçam o ambiente de tensão que persiste entre a prefeita e a oposição, um ano após o encerramento das eleições municipais.
Adriane tem dado respostas públicas mais duras a protestos recentes, enquanto opositores acusam a gestão de tentar cercear manifestações.
A confusão reacende o embate político na Capital e deve seguir repercutindo nos próximos dias.
