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Desembargador ouve várias testemunhas em processo aberto contra Gilmar Olarte

O ex-governador André Puccinelli e prefeito Alcides Bernal foram arrolados como testemunhas 

27/11/2015 - 14h58

Da redação

Campo Grande 

O prefeito Alcides Bernal (PP) depõe durante a audiência (Foto: Gabriela Pavão)

Dezoito pessoas foram arroladas para a audiência de instrução que foi realizada na manhã de hoje (27), no Plenário Criminal do Tribunal de Justiça, no processo em que o prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte, junto com outros dois homens, Ronan Feitosa e Luiz Marcio Feliciano, são acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.


Segundo o Portal G1/MS, entre as testemunhas do processo os mais conhecidos são o ex-governador André Puccinelli, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, o ex-prefeito Nelson Trad Filho e o vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, Mario César.


Entretanto, pouco antes das oitivas o advogado de Olarte, Jail Azambuja, pediu a desistência das testemunhas Nelson Trad Filho e Mario Cesar da Fonseca. O pedido foi aceito pelo desembargador Luiz Cláudio Bonassini. 


Da mesma forma, Azambuja também pediu a dispensa da presença de Olarte no local, já que ele não seria ouvido hoje. O magistrado também deferiu mais esse pedido da defesa, apontando que esse era um direito do prefeito afastado.


A sessão começou por volta das 9h (de MS) e até às 11h45 já tinham sido ouvidas três testemunhas. O primeiro a ser ouvido foi o funcionário da prefeitura Paulo Sérgio teles, que denunciou o caso ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Ele disse que ouviu os comentários sobre a troca dos cheques.


Depois foi Marli Débora Pereira, que trabalhou para Olarte na campanha eleitoral de 2012, quando ele foi eleito vice-prefeito na chapa encabeçada por Alcides Bernal. 


Ela disse que emprestou folhas de cheques do filho para Ronan e Olarte em troca de nomeação para um cargo comissionado no município com salário de R$ 4 mil, o que não teria acontecido.


Após o depoimento da Marli, o advogado de Olarte pediu a desistência do testemunho do ex-governador André Pucinelli, que pouco antes da sessão disse que não sabia o motivo de ter sido chamado para testemunhar.


Na sequência prestou depoimento o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, que disse ter provas do esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo Olarte.

Investigação


Segundo o Gaeco, a investigação começou em outubro de 2013, mas veio à tona após a prisão de Ronan Feitosa no dia 11 de abril de 2014, em São Paulo. 


Ele foi solto cinco dias depois, após prestar depoimento. Também no dia 11 de abril, os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Olarte, recolheram documentos, pendrives e computadores.


Os valores obtidos com a suposta lavagem de dinheiro, segundo a investigação, teriam sido usados para a “compra de vereador”. Na época, o advogado de Olarte, afirmou que o prefeito não seria alvo da investigação e seria ouvido na condição de testemunha.


Disse ainda que não houve compra de vereador, não há relação do prefeito com os empréstimos e que as pessoas “utilizaram o nome do político para obter vantagens”.


No dia 12 de abril de 2014, um pastor, um jornalista e um funcionário de uma empresa de factoring também foram ouvidos por causa da investigação.


O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) recebeu, no dia 13 de novembro de 2014, denúncia contra Olarte, feita pela Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público Estadual. O processo tem mais de três mil páginas.


No dia 6 de fevereiro de 2015, o TJ-MS divulgou o teor da ação penal proposta pelo MP-MS contra o prefeito de Campo Grande e mais duas pessoas.


A próxima audiência de instrução do processo está marcada para 22 de janeiro.

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