Nas últimas duas eleições, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) registrou problemas de informática durante a realização do pleito. Em razão da importância da votação, grupos hackers e criminosos que atuam de forma isolada miram os computadores e sistemas da Corte para tentar atrapalhar o processo de escolha dos representantes por parte de 157 milhões de eleitores. Especialistas alertam que o Tribunal precisa se preparar para investidas cibernéticas.
Em 2018, o TSE foi alvo de uma invasão nos servidores e a consequência teria sido a exposição indevida de dados de servidores que estavam na intranet (rede interna). O fato resultou na abertura de um inquérito por parte da Polícia Federal. De acordo com a Corte, "o acesso indevido, objeto de investigação, não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018. Isso porque o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação".
No mesmo ano, uma falha no supercomputador contratado para fazer a totalização de votos, atrasou em quase 3 horas a publicação dos resultados. De acordo com a Corte, a máquina ainda não tinha sido plenamente testada para processar as informações. Procurado pelo R7, o TSE informou que "qualquer eventual interrupção no processo de divulgação ou demora no processo de totalização não cria oportunidades para alteração ou fraude em resultados das eleições".
A instituição destaca que o site da pasta e sistemas de rede interna não têm ligação com a segurança e com a votação em si, que ocorre por meio de urnas eletrônicas que não possuem conexão com a internet.
"As urnas eletrônicas, sem qualquer conexão à internet, imprimem boletins de urna contendo os resultados. Os boletins impressos são assinados pelos mesários e fiscais de partido e utilizados para verificação dos dados totalizados pelo TSE.", acrescentou o Tribunal.