A defesa do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil, de 2003 a 2005) entrou com pedido de “reclamação” no STF (Supremo Tribunal Federal) para evitar uma eventual prisão nesta semana, quando deve se encerrar em segunda instância a tramitação do processo no qual Dirceu foi condenado a cumprir mais de 30 anos de reclusão no âmbito da operação Lava Jato.
Após ficar quase dois anos preso em Curitiba (PR), por determinação do juiz Sérgio Moro, Dirceu deixou a prisão em maio de 2017 após o Supremo conceder habeas corpus. O STF entendeu que, naquele momento, era ilegal a prisão de Dirceu já que a ação sequer tinha sido julgada pelo TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), corte de segundo grau, e porque não havia elementos para uma prisão preventiva.
Condenado a 20 anos e 10 meses de prisão pela 13ª Vara Criminal de Curitiba (primeira instância), Dirceu foi julgado pelo TRF4 em setembro de 2017, quando a corte de apelações da Lava Jato ampliou a pena para 30 anos e 9 meses de prisão.