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Política

Lula volta a pedir arrego aos EUA para derrubar tarifas

Apesar de Trump ter amenizado a situação de alguns produtos, 22% das exportações seguem taxadas

Conjuntura Online
02/12/25 às 16h28
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Trump e Lula em foto-montagem. (Foto: Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a recorrer aos Estados Unidos para tentar encerrar o tarifaço que ainda atinge parte dos produtos brasileiros.

Em conversa telefônica de 40 minutos com o presidente Donald Trump, nesta terça-feira (2), Lula pediu agilidade nas negociações e afirmou que deseja “avançar rápido” na retirada das sobretaxas impostas por Washington — medidas que ele próprio ajudou a provocar ao fazer ataques ao republicano em discursos anteriores.

Apesar do recuo parcial anunciado recentemente pela Casa Branca, 22% das exportações brasileiras destinadas ao mercado americano continuam submetidas a tarifas extras. Quando o tarifaço começou, 36% das vendas do Brasil para os EUA estavam sob sobretaxa.

Pressão por nova rodada de isenções

Na ligação, considerada “produtiva” pelo Palácio do Planalto, Lula reconheceu o avanço obtido com a exclusão de 238 itens da lista de produtos sobretaxados — como café, chá, frutas tropicais, cacau, tomate e carne bovina —, mas ressaltou que ainda há setores relevantes prejudicados.

Segundo o governo brasileiro, o presidente enfatizou que “outros produtos tarifados precisam ser discutidos” e insistiu para que o processo seja acelerado.

Tarifaço surgiu após provocações e embate político

A política de sobretaxas adotada por Trump não surgiu do nada. Além da estratégia protecionista americana voltada a compensar perdas para a China, as declarações de Lula contra o republicano, ainda durante a campanha e no início do mandato, ajudaram a deteriorar o ambiente diplomático. O atrito abriu espaço para as medidas mais duras.

Em 6 de agosto, o governo Trump ampliou a pressão com uma tarifa adicional de 40% contra o Brasil, em retaliação a decisões que, segundo Washington, prejudicariam big techs dos EUA e também ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Mesmo antes disso, em abril, Trump já havia redesenhado a política comercial, criando barreiras alfandegárias conforme o saldo comercial de cada país. Como os EUA têm superávit com o Brasil, o impacto naquele momento foi menor, com uma tarifa inicial de 10%.

Reaproximação após desgaste

O alívio parcial recente das tarifas tem relação direta com a reaproximação entre os dois presidentes. Eles conversaram rapidamente durante encontro na Malásia, em outubro, e mantiveram contatos pelo telefone, abrindo espaço para que as equipes retomassem as negociações.

Agora, Lula tenta tirar proveito dessa trégua para destravar a parte final do tarifaço — medida que interessa a setores do agronegócio, da indústria alimentícia e da exportação de commodities. (Com Agência Brasil)

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