O 1º site político de Mato Grosso do Sul   |   26 de Abril de 2024
Publicidade

'Não será comprada', diz Bolsonaro sobre vacina chinesa

Mensagem foi publicada no Facebook, em resposta a um comentário

21/10/2020 - 09h02

De Brasília 

Bolsonaro disse que entrar na OCDE é firme propósito (Foto: Gabriela Biló/Estadão)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 21, que a vacina contra o novo coronavírus produzida na China "não será comprada" pelo governo brasileiro. A mensagem foi publicada no Facebook, em resposta a um comentário crítico ao anúncio do Ministério da Saúde de que tem a intenção de adquirir 46 milhões de doses da Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac que será produzida pelo Instituto Butantã.


"Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da Ditadura chinesa", comentou um usuário. O presidente respondeu: "NÃO SERÁ COMPRADA", em caixa alta. A outra usuária que disse para o presidente exonerar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, "urgente" porque ele estaria sendo cabo eleitoral do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Bolsonaro respondeu que "tudo será esclarecido hoje". "NÃO COMPRAREMOS A VACINA DA CHINA", voltou a dizer em caixa alta.


A outro usuário que disse que Pazuello os traiu ao comprar a vacina chinesa e disse que o presidente "se enganou mais uma vez", Bolsonaro afirmou que "qualquer coisa publicada, sem qualquer comprovação, vira TRAIÇÃO".


Na terça, o Ministério da Saúde assinou um protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da Coronavac. O acordo foi fechado durante reunião do ministro de Pazuello com governadores. "A vacina do Butantã será a vacina do Brasil", disse Pazuello, ao anunciar o acordo. Na reunião desta terça, a expectativa era de que a aquisição ocorresse até o fim do ano, após o imunizante obter registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que a vacinação comecasse já em janeiro. O ministério informou que investirá R$ 1,9 bilhão na compra. O recurso extra será liberado por medida provisória.


Pazuello anunciou o acordo e ressaltou que a "vacina do Butantã será a vacina brasileira" ao lembrar que o imunizante, mesmo tendo sido desenvolvido na China, será produzido integralmente na fábrica do Butantã, em São Paulo.


A pasta disse ter assinado um protocolo de intenções com o Butantã para adquirir as 46 milhões de doses, mas ressaltou que, para dar seguimento ao processo de compra, o instituto terá de enviar "todos os documentos comprobatórios dos ensaios clínicos já realizados e daqueles em andamento" referentes à coronavac. Também destacou que o produto terá que comprovar segurança e eficácia e obter aval da Anvisa.


Nesta quarta-feira, Doria está em Brasília para uma série de compromissos que envolvem discussões sobre a coronavac. Às 13h, de acordo com agenda divulgada pela assessoria do governador, ele tem uma reunião com o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

Leia Também
Comente esta notícia
0 comentários
Mais em Política
Colunistas
Ampla Visão
Copyright © 2004 - 2015
Todos os direitos reservados
Conjuntura Online