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PSDB critica Lula e lembra quando petista elogiou Hitler

Partido comparou o ex-presidente a Roberto Alvim, demitido por Jair Bolsonaro nesta sexta-feira

17/01/2020 - 22h43

Pleno News e Folha

Ex-presidente Lula (Foto: Agência Brasil/Fernando Pozzebom)

Em meio à demissão de Roberto Alvim, agora ex-secretário de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, após ele ter parafraseado o ministro da Propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels, em um discurso, a conta oficial do PSDB relembrou nesta sexta-feira (17) uma entrevista em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou admirar Adolf Hitler.


O partido compartilhou reportagem do jornal Folha de S.Paulo que cita a entrevista. A declaração de Lula foi dada à revista Playboy e preocupou o comando da campanha presidencial do PT daquele ano. Na postagem, acompanhada da reportagem, o PSDB escreveu: “A admiração pelo nazismo não é exclusividade de alguns da cúpula desse governo…”, em referência à gestão Bolsonaro.

Na época, quando questionado pela Playboy sobre quais líderes admirava, Lula citou figuras como Tiradentes, Gandhi, Che Guevara, Fidel Castro e Mao Tsé-tung. Sobre Hitler, disse que “mesmo errado”, tinha aquilo que ele admirava em um homem: “O fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer”.

Questionado pela Folha de S.Paulo em 1994, Lula disse desconhecer a entrevista na Playboy.


Na manhã desta sexta-feira, a Secretaria Especial da Cultura informou por sua assessoria de imprensa que Alvim foi demitido do cargo. A exoneração acontece após Alvim parafrasear Goebbels em um vídeo divulgado no dia anterior sobre o lançamento do Prêmio Nacional das Artes.


– A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional […], ou então não será nada – afirmou Alvim.


Em maio de 1933, Goebbels, então ministro da Propaganda da Alemanha nazista, disse: “A arte alemã da próxima década será heroica, […] será nacional […], ou então não será nada”.


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou a fala de Alvim como inaceitável.


– O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo – disse.


Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, também condenou o discurso de Alvim, considerando-o “acintoso, descabido e infeliz”.


Depois que a exoneração do secretário de Cultura veio a público, o presidente Bolsonaro afirmou em redes sociais que Alvim fez um “pronunciamento infeliz” e, “ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência”. Com Folhapress.

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