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PT rejeita plebiscito sobre novas eleições, proposto por Dilma

Foi a primeira vez que o comando do PT se manifestou formalmente sobre a proposta.

24/08/2016 - 09h32

Folha

Presidente afastada Dilma Rousseff (Foto: Divulgação )

A cúpula do PT rejeitou, por 14 votos a 2, a proposta apresentada pela presidente afastada, Dilma Rousseff, pela convocação de plebiscito sobre antecipação de eleições no Brasil. Reunida na terça-­feira (23), a Executiva Nacional do partido votou contra a publicação de um documento que endossaria a sugestão de Dilma.


Foi a primeira vez que o comando do PT se manifestou formalmente sobre a proposta. A emenda –apresentada pelo secretário de Formação do PT, Carlos Henrique Árabe– reproduzia um trecho da carta de compromissos divulgada por Dilma na tentativa de reverter a tendência pelo impeachment no Senado.

E sugeria uma declaração do partido em favor do plebiscito.


"O PT apoia a afirmação da presidenta Dilma na sua carta histórica ao povo: 'Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral'", dizia o texto que foi rejeitado.


Na reunião, prevaleceu a avaliação do presidente do PT, Rui Falcão, de que a promessa de um plebiscito não teria, neste momento, capacidade de atrair senadores contra o impeachment. Falcão nega, porém, que esse seja um sinal de afastamento.


"A carta foi amplamente reproduzida em nosso site. Por que repô­la aqui?", justificou Falcão.


O debate sobre plebiscito causou acalorada discussão durante a reunião. Falcão questionou declarações de Árabe, que o chamou de "usurpador" por ter se manifestado contra o plebiscito.


Na reunião, reconheceu ter se excedido na expressão "usurpador". Mas reafirmou que Falcão não deveria ter se declarado contra a antecipação das eleições sem prévia consulta ao partido.


Embora não defenda o plebiscito, o documento incentiva a realização de ato contra o impeachment e condena o governo de Michel Temer como "usurpador" e ameaça aos direitos sociais.


"Mas a ação nefasta estende­se à política altiva e ativa do Itamaraty, agora transmutada pelo golpista José Serra em alinhamento automático e submisso aos Estados Unidos", acrescenta.


O documento aponta a realização dos Jogos Olímpicos no Rio como uma vitória de Lula e Dilma. "As Olimpíadas recém encerradas, cuja realização é uma inegável conquista dos governos Lula e Dilma, mostraram ao mundo um país orgulhoso de si, que não aceita retrocessos e que aprendeu a ocupar seu lugar no mundo", diz.

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