O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), confirmou que vai ao Rio de Janeiro nesta quinta-feira (30) para integrar a comitiva de chefes de Executivos estaduais que decidiu demonstrar solidariedade às forças de segurança do estado.
A iniciativa, articulada por governadores de centro e direita, ocorre em meio ao impacto nacional da megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou mais de 120 mortos e se tornou a mais letal da história fluminense.
O movimento, segundo reportagem do G1, tem também um caráter político: além de prestar apoio ao governador Cláudio Castro (PL), o grupo busca reforçar a defesa de ações conjuntas entre os estados no enfrentamento ao crime organizado.
Segundo fontes próximas aos articuladores, há a intenção de discutir o intercâmbio de recursos e estratégias de inteligência nas áreas de segurança pública.
Riedel, que desembarca no Rio acompanhado de nomes como Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Mauro Mendes (União-MT), Ratinho Junior (PSD-PR), Jorginho Mello (PL-SC) e Eduardo Leite (PSDB-RS), destacou a importância de união entre os governadores para fortalecer as instituições e apoiar quem está na linha de frente do combate à violência.
A viagem acontece em um momento delicado também para Mato Grosso do Sul, onde o governo estadual tenta mediar tensões fundiárias na região sul, em Caarapó.
Na quarta-feira (29), representantes do Executivo estadual e da União se reuniram em busca de uma trégua entre indígenas, produtores rurais e forças policiais.
Com a presença confirmada na comitiva, Riedel reforça o alinhamento político com os governadores da chamada ala de centro-direita, grupo que vem se articulando para defender pautas de segurança e gestão compartilhada entre estados.
