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'Se Deus quiser, vou continuar meu mandato', diz Bolsonaro

Afirmação foi feita em conversa do presidente com apoiadores no Palácio da Alvorada

21/01/2021 - 09h18

De Brasília 

Bolsonaro em conversa com apoiadores (Foto: Divulgação)

Com a crescente pressão nas redes sociais e no meio político para que o Congresso abra um processo de impeachment, o presidente Jair Bolsonaro disse ontem que "se Deus quiser" vai permanecer no cargo até 2022. Até agora, há 61 pedidos de impeachment contra Bolsonaro protocolados na Câmara, todos de partidos e políticos de oposição.


"Se Deus quiser vou continuar meu mandato e, em 2022, o pessoal (que) escolha. Tem muita gente boa para escolher", afirmou o presidente, em conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada. "Espero que os bons se candidatem também, para não deixar os mesmos de candidatos.


A afirmação foi feita após perguntas de eleitores sobre a situação do Amazonas, onde pacientes com covid-19 morreram por falta de oxigênio nos hospitais, por causa do desvio de recursos públicos naquele estado e também na prefeitura de Manus.


 "Agora o problema lá é mais grave que no resto do Brasil. Geralmente, a rede pública lá, de hospital, sempre esteve cheia, 90%, 95%, e as cirurgias estão sendo adiadas", disse Bolsonaro. 


"Então, a pessoa que podia ter um tratamento preventivo lá atrás não vai (ao hospital) porque não tem atendimento e, quando agrava a doença, ela vai e junta com a pessoa que está com covid. Daí vem o caos."


Apesar de afirmar que a situação de Manaus é mais grave, Bolsonaro observou depois que "o caos não é só lá". Disse, ainda, que "parece" que em uma cidade do interior do Amazonas havia começado a aparecer o mesmo problema. Foi quando um eleitor o lembrou que em Coari (AM), a 450 quilômetros de Manaus, sete pessoas também morreram porque não havia oxigênio.


Na semana passada, partidos de oposição anunciaram que vão protocolar, nos próximos dias, um novo pedido de impeachment contra Bolsonaro, sob o argumento de que ele cometeu "crimes de responsabilidade em série" na condução da pandemia do coronavírus.


Aos apoiadores, o presidente disse que o governo tem agido para minimizar a crise no Amazonas. "Quando nós fomos notificados do problema, dois dias depois o Pazuello (Eduardo Pazuello, ministro da Saúde) esteve lá, ficou três dias. Ele acionou toda estrutura da Força Aérea, levamos oxigênio para a região de balsa, de avião. Fizemos todo o possível", justificou.


Os eleitores de Bolsonaro concordaram. "Olha, tem o governo federal, os estaduais e municipais. É compartilhado. Nós aqui fazemos tudo o que é possível. Quando é solicitado, nós atendemos", disse. Logo depois, afirmou haver "uma diferença enorme entre o que acontecia no passado e o que acontece hoje em dia", citando, mais uma vez, o PT, partido com o qual rivaliza na cena política.

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