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Simone Tebet defende punição severa aos poucos que destroem o meio ambiente

Segundo ela, é fundamental que o Brasil sinalize para o mundo que não vai tolerar crimes ambientais

30/10/2020 - 16h25

De Brasília 

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) em sessão remota (Foto: Divulgação)

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) acredita que a percepção da importância do Pantanal para o equilíbrio dos ciclos de chuva e da umidade faz com que o mundo volte os olhos para o bioma. Ela lamentou a quantidade de focos de incêndios na região, ainda tão elevados. Outubro registrou a maior alta histórica de fogo. 


“É um processo, estamos aprendendo pela dor e essa dor vai nos ensinar a tomar ações efetivas para que essa situação não se repita no futuro”, disse. 


Simone chegou a propor a inclusão temporária do Pantanal no Conselho Nacional da Amazônia Legal. O objetivo era garantir o acesso à estrutura física e financeira do Conselho para que o Pantanal estivesse na política de prevenção e combate a queimadas. 


A ideia foi acatada pela Comissão do Pantanal, da qual ela faz parte, mas ainda não foi aceita pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, coordenador do Conselho da Amazônia. Mas, para a senadora sul-mato-grossense, é uma questão de tempo até que a proposta seja acatada porque o mundo e os próprios brasileiros estão descobrindo a importância do Pantanal para o equilíbrio ambiental.   


“O mundo se assustou com o que estava acontecendo com o Pantanal. O mundo redescobriu o Pantanal que ficou esquecido até pela população brasileira. O alagamento - a Planície mais alagada do mundo é o Pantanal -, ela tem para o bioma uma importância muito maior do que se imaginava para efeitos de umidade e ciclo de chuva. Isso faz com que, talvez, o mundo comece a olhar o Pantanal da forma que olha a Amazônia Legal. Não com o sentido de querer que ele fique intocável. Já se sabe que a queimada controlada, muito específica, muito determinada em períodos de chuva, é fundamental para que no período de seca não fique ali a massa orgânica (tufa), que o boi não come, e que pode virar um barril de pólvora”, disse, ressaltando que a pecuária existe no Pantanal há séculos e que o homem e a mulher pantaneiros ajudam a preservar o meio ambiente. 


Punição severa


Para Simone Tebet é fundamental que o Brasil sinalize para o mundo que não vai tolerar crimes ambientais e vai punir severamente os poucos que provocam incêndios descontrolados, grileiros e mineradores ilegais. 


“Essas queimadas em excessos são fruto, realmente, da falta de chuva, além do ato criminoso de uma meia dúzia. Mas, da mesma forma que defendemos que, de um modo geral, o agronegócio cuida do meio ambiente, temos de ser rigorosos com aqueles que invadem terras públicas, grileiros, mineradores ilegais. Porque se não tivermos essa palavra ‘crime’ para uma meia dúzia ou 0,1% que destrói o meio ambiente, ‘queimaremos’ a honra do agronegócio. 


Para a senadora, a punição rigorosa vai sinalizar ao investidor estrangeiro que no Brasil o meio ambiente é coisa séria. 


"Do contrário, nós vamos atingir em cheio a economia brasileira porque hoje o mundo olha para os produtos da forma como foram produzidos. Então a gente tem que tomar muito cuidado, não só por uma questão ambiental, mas por uma questão econômica também”, disse, alertando que com a tecnologia é possível produzir em qualquer tipo de terreno e o Brasil pode perder o posto de celeiro do mundo.

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