Uma reviravolta política marcou a terça-feira (4) em Paranhos. O STF (Supremo Tribunal Federal) validou a candidatura de Heliomar Klabunde (MDB) e confirmou o resultado das eleições municipais de 2024, encerrando uma disputa que se arrastava há mais de um ano e alterando novamente o comando da prefeitura.
Heliomar havia sido impedido de assumir o cargo após vencer as eleições, porque o TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitou as contas de sua gestão anterior, apontando irregularidades na execução do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.
A decisão levou o TCE (Tribunal de Contas Estadual) a desconsiderar a chapa vencedora, e o MPE (Ministério Público Eleitoral) entendeu que a rejeição das contas configurava improbidade administrativa, tornando o político inelegível por oito anos.
Com o novo entendimento do STF, a candidatura de Heliomar foi considerada válida e a decisão que o havia tornado inelegível caiu por terra.
O resultado das eleições de 6 de outubro de 2024 foi restabelecido, seguindo o voto do ministro André Mendonça, relator do acórdão vencedor. O ministro Edson Fachin, que era o relator original do caso, ficou vencido. Já Luís Roberto Barroso não participou da votação, pois assumiu a vaga de Fachin na turma após sua saída. A decisão foi tomada em sessão virtual entre 17 e 24 de outubro de 2025.
Com a reviravolta, Heliomar deveria tomar posse ainda na terça-feira (4). O atual prefeito, Hélio Acosta (PSDB) — eleito em uma suplementar realizada em abril de 2025, com 69,41% dos votos válidos —, lamentou a decisão e anunciou que pretende recorrer.
“É um momento em que eu fico sem entender um pouco, mas a Justiça a gente tem que respeitar. Vamos continuar como cidadãos de Paranhos e torcendo para a cidade seguir em frente”, declarou Acosta, segundo reportagem do portal de notícias G1MS.
A defesa do tucano também confirmou que vai acionar os recursos cabíveis. “Nossa equipe jurídica está tomando as providências para recorrer, mas a decisão é para que Heliomar seja empossado. Entendemos que também temos o direito de defesa, até porque participamos de uma eleição legítima organizada pelo TRE”, afirmou.
