O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), avisou a caciques do Centrão que só deverá decidir sobre uma candidatura à Presidência da República em fevereiro de 2026. Tarcísio tem até abril para se desincompatibilizar do cargo para disputar as eleições.
A decisão teria sido compartilhada há duas semanas com presidentes de partidos do bloco, como Ciro Nogueira (PP), Antonio Rueda (União Brasil), Marcos Pereira (Republicanos), Valdemar Costa Neto (PL) e Gilberto Kassab (PSD).
Anteriormente, o prazo avaliado por Tarcísio era dezembro.
A avaliação de políticos de centro-direita é a de que a decisão de Tarcísio dependerá da popularidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O desempenho do petista é aprovado por 51,2% dos brasileiros, enquanto seu índice de desaprovação é de 48,1%. Outros 0,6% não sabem como avaliá-lo. Os números são da pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada na sexta-feira (24).
A visão de que a popularidade de Lula influenciará a decisão de Tarcísio também é compartilhada pelo entorno do presidente.
Lula chegou a admitir a ministros que enxergava o governador como seu adversário nas urnas em 2026, mas, para interlocutores do presidente, o movimento oscilante de Tarcísio indica que ele deverá optar pelo caminho mais seguro, a reeleição em SP.
A decisão ainda depende de uma costura com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ainda não sinalizou quando deve indicar um sucessor.
Para além de Tarcísio, outro nome que teria indicado desânimo com a disputa ao Planalto foi o do governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), que ganhou mais espaço nos últimos meses, em um cenário imprevisível sobre Tarcísio de Freitas.
Aliados dizem que o governador não dá certeza se estará mesmo nas urnas como candidato à Presidência, no próximo ano. (Com Blog da Tainá Falcão)
