O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul ) promoveu, nesta terça-feira (4), a juíza Sandra Regina da Silva Ribeiro Artioli ao cargo de desembargadora, durante sessão do Tribunal Pleno.
A escolha, segundo o G1, foi feita pelo critério de merecimento e preenche a vaga deixada por Sideni Soncini Pimentel, que se aposentou em meio a investigações por suspeita de corrupção.
Com 33 anos de atuação na magistratura, Sandra Artioli era a candidata com maior tempo de serviço no Judiciário estadual entre as concorrentes.
A promoção também segue a nova política de equidade de gênero implementada no tribunal, que busca ampliar a presença feminina na segunda instância. Enquanto o percentual de 40% de mulheres não for atingido, os editais de merecimento poderão ser exclusivos ou mistos, conforme orientação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Concorreram à vaga, além de Artioli, as juízas Denize de Barros Dodero e Cíntia Xavier Letteriello, ambas convocadas atualmente para atuar no 2º grau.
Aposentadoria sob suspeita
O desembargador Sideni Pimentel, de 73 anos, deixou o cargo de forma antecipada — dois anos antes da idade-limite para aposentadoria compulsória, que é de 75 anos. O pedido foi aprovado pelo Tribunal de Justiça em 15 de outubro, após ele ter sido afastado em 2024, quando se tornou alvo da Operação Ultima Ratio, que apura a suposta venda de sentenças no Judiciário sul-mato-grossense.
Trajetória da nova desembargadora
Natural de Cáceres (MT), Sandra Artioli formou-se em Direito em Campo Grande e ingressou na magistratura em 1992. Atuou nas comarcas de Costa Rica e Miranda, passando pela Justiça Eleitoral e pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), onde foi membro substituto entre 2015 e 2017. Desde 2021, é titular da 5ª Vara do Juizado Especial da Capital.
