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Mulheres e homens não devem ser tratados como iguais, diz premiê turco

25/11/2014 - 13h37

BBC Brasil

Declarações de Recep Erdogan ocorreram em conferência para mulheres; primeiro-ministro está há 11 anos no poder (Foto: Divulgação)
O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta segunda-feira que as mulheres não podem ser tratadas iguais aos homens, e acusou as feministas de rejeitar a maternidade.

"Você não pode colocar mulheres e homens em pé de igualdade", afirmou ele em Istambul. "É contra a natureza", acrescentou.

Ironicamente, as declarações de Erdogan foram feitas em uma conferência para mulheres.

O premiê turco afirmou ainda que as feministas não reconheciam a importância da maternidade no Islã.

Na avaliação de turcos mais seculares, as políticas sociais do governo estão levando o país "a uma direção perigosa".

Essa não é a primeira declaração polêmica de Erdogan sobre o assunto. O premiê turco já havia instado as mulheres a ter três filhos, além de fazer duras críticas contra o aborto e a cesárea.

'Natureza delicada'

"No ambiente de trabalho, você não pode tratar um homem e uma mulher grávida da mesma maneira", afirmou Erdogan, segundo a agência de notícias estatal Anatolia.

Segundo o premiê, as mulheres não poderiam desempenhar o trabalho feito pelos homens, por causa de sua "natureza delicada".

"Nossa religião vê a maternidade com muito respeito", afirmou ele. "As feministas não entendem isso, elas rejeitam a maternidade".

Na opinião de Erdogan, as mulheres precisariam de mais respeito do que igualdade.

O premiê turco acrescentou ainda que a Justiça era a única solução para os problemas do mundo – incluindo racismo, antissemitismo e problemas envolvendo mulheres.

Conhecido pelas declarações polêmicas, Erdogan afirmou, no início deste mês, que os muçulmanos haviam descoberto as Américas mais de 300 anos antes do navegador italiano Cristóvão Colombo.

Há 11 anos como primeiro-ministro da Turquia, ele ganhou um papel fundamental no jogo político regional.

No entanto, sua popularidade foi atingida fortemente por causa da crise na Síria e por acusações de autoritarismo.

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