Apenas duas cidades têm leitos de UTI neonatal no estado

Apenas as cidades de Campo Grande e Dourados, em Mato Grosso do Sul, têm leitos de UTI neonatal pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O problema é que até os hospitais particulares têm dificuldade de conseguir leitos aos pacientes. Na capital sul-mato-grossense há 10 leitos no Hospital Regional, 10 na maternidade Cândido Mariano, oito na Santa Casa e seis no Hospital Universitário. Existem também 47 leitos de UTI neonatal intermediária convencional, sendo 20 no Regional, 11 na Santa Casa, 10 na Cândido Mariano e seis no HU. Há ainda nove leitos de UTI neonatal intermediária canguru, em que a mãe tem mais contato com o bebê. Cinco deles ficam no Regional e quatro na Cândido Mariano. Em Dourados, o Hospital Universitário tem 10 leitos de UTI neonatal e 15 de UTI neonatal intermediária convencional. O problema é que simplesmente aumentar os leitos não resolve o problema. Faltam técnicos, enfermeiros especializados e até médicos. A presidente interina da empresa que administra o HU em Dourados explica que mesmo com o concurso que houve para a contratação de profissionais, há dificuldades na contratação. Muitos médicos não aceitam o salário de mais de R$ 6 mil oferecido. O delegado do Sindicato dos Médicos da Grande Dourados explica que o valor não é suficiente para cobrir os gastos que os profissionais têm para se formar e a responsabilidade exigida dos intensivistas. Na falta de leitos em hospitais públicos deCampo Grande, só o El Kadri, da rede particular, tem UTI neonatal. São dez leitos, dos quais nove estão ocupados. A Secretaria Municipal de Saúde da capital (Sesau) mantém o prazo dado pelo prefeito Gilmar Olarte de ativar 10 leitos de UTI neonatal na maternidade Cândido Mariano em até dois meses. No interior, existe uma previsão das autoridades em implantar, até 2015, mias nove leitos de UTI neonatal no Regional de Nova Andradina e seis no hospital Nossa Senhora Auxiliadora em TrÊs Lagoas.