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Crise entre PT e PMDB pode atrapalhar planos de Dilma em MS

22/04/2014 - 19h48

Junior Mochi, presidente regional do PMDB (Foto: Divulgação )
Willams Araújo

A crise institucional envolvendo o PT e o PMDB, principalmente por causa da troca de acusações entre seus dirigentes e parlamentares, pode atrapalhar os planos da presidente Dilma Rousseff em Mato Grosso do Sul. 

Os dois partidos chegaram a ensaiar uma dobradinha no Estado, mas o clima esquentou de uns dias para cá depois de críticas feitas por peemedebistas ao senador Delcídio do Amaral, pré-candidato do PT ao governo estadual, relacionadas ao escândalo da Petrobras. 

O primeiro a disparar contra o petista foi Nelsinho Trad, pré-candidato do PMDB à sucessão estadual, seguido pelos seus irmãos deputados Fábio Trad (federal) e Marquinhos Trad (estadual), além de Akira Otsubo, também com atuação em Brasília.  

O comando regional do PT chegou a emitir nota oficial em defesa de Delcídio, atribuindo os ataques ao fato de o senador liderar as pesquisas de intenções de voto na corrida pela cadeira do governador André Puccinelli (PMDB). 

Aliados no plano nacional, PMDB e PT são como água e óleo na instância local, fato que deve dificultar a montagem de um palanque único para a presidente fazer sua campanha em Mato Grosso do Sul. 

Para os petistas, os adversários tentam capitalizar politicamente o fato de Delcídio ter sido beneficiado com doações de campanha por empresas prestadoras de serviço a Petrobras. 

Particularmente, o governador garante pedir votos para Dilma, alegando retribuição aos investimentos que ela fez em Mato Grosso do Sul. O gesto do líder peemedebista é seguido pelo presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, outro grande expoente da legenda. 

O presidente regional do PMDB, deputado estadual Júnior Mochi, informou que irá a Brasília está semana discutir com o comando nacional o destino do partido na sucessão presidencial. 

É que o partido está dividido quanto ao apoio ao projeto de reeleição de Dilma, podendo pedir votos para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ou para o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE). 

Na conversa com o presidente do diretório nacional, Valdir Raupp (PMDB-RO), Mochi deve esclarecer a situação divergente entre os dois grupos políticos no Estado e, se for o caso, pedir autonomia para apoiar outro candidato a presidente da República. 

PSDB 

Outro fator que deve afastar ainda mais o PMDB do palanque de Dilma é a possível aliança entre o PT e o PSDB em Mato Grosso do Sul. 

Esse projeto está sendo arquitetado por Delcídio e pelo deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), lembrado para concorrer ao Senado na chapa majoritária liderada pelo PT.  

“Fica difícil apoiar a Dilma se o PT coligar com o PSDB”, ameaçou na manhã desta terça-feira o deputado estadual Eduardo Rocha, líder da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, em entrevista à imprensa da Capital. 

Aliás, PMDB e PSDB estão em rota de colisão desde as eleições municipais de 2012, quando Azambuja rompeu o compromisso político que tinha com  André Puccinelli e Nelsinho Trad e enfrentou o seu colega, Edson Giroto (PMDB), na disputa pela prefeitura da Capital. 

No próximo sábado (26), tucanos e peemedebistas farão encontro regional em Dourados. No entanto, os adversários tentam minimizar a coincidência da data. 

O PSDB comanda o penúltimo encontro “Pensando Mato Grosso do Sul”, enquanto o PMDB fará apresentação de seu projeto “Mato Grosso do Sul no Caminho Certo”. 

“Cada uma vai reunir seus militantes e tratar das questões essências dos partidos, não há nenhum problema”, prevê Mochi. 
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