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Após ameaçar adesão a Cunha, PSDB dá apoio a Delgado; PV acompanha

30/01/2015 - 13h42

Folha.com

Após ameaçar aderir à candidatura do peemedebista Eduardo Cunha (RJ) à presidência da Câmara, a bancada do PSDB decidiu nesta sexta-feira (30) manter o apoio ao nome de Júlio Delgado (PSB), que corre por fora na disputa.

Prevaleceu, com isso, a opinião do senador Aécio Neves, presidente nacional da legenda, que havia costurado a aliança com Delgado em retribuição ao apoio que o PSB deu à sua candidatura à Presidência da República, no segundo turno das eleições.

Apesar disso, é dado como certo que na votação secreta deste domingo (1) vários integrantes da bancada do PSDB irão votar em Cunha, candidato de um partido governista, mas que não conta com o apoio do Palácio do Planalto.

O nome do agrado do governo é o de Arlindo Chinaglia (PT-SP).

"O PSDB agirá como partido político, o PSDB não se permitirá cooptações e o candidato que achar que pode fazê-las irá se frustrar. O PSDB votará em Júlio Delgado em sua integralidade, é assim que espero", afirmou Aécio antes de entrar na reunião da bancada do PSDB, realizada no hotel Royal Tulip, em Brasília.

Segundo o senador, Delgado reúne as melhores condições de conduzir a Câmara de forma independente.

Nas eleições para a presidência da Câmara, votam os 513 deputados. Cunha e Chinaglia são hoje os nomes mais fortes.

Aécio também confirmou o apoio à candidatura de Luiz Henrique (PMDB-SC) para a presidência do Senado. O peemedebista disputará o cargo com o colega de partido Renan Calheiros (AL), que tenta a reeleição.

PV

Aécio Neves telefonou nesta sexta para o comando do PV para afirmar que a aliança com Delgado está mantida. Após o acendo, o PV se reuniu com Eduardo e negou o convite para formar um bloco com o peemedebista.

O convite de Cunha foi rejeitado pelo líder do PV na Câmara, Zequinha Sarney (MA). Em troca do apoio, Cunha tinha oferecido espaço de destaque em comissões na Casa.

Somando votos do PSB, do PSDB, do PV e do PPS, Júlio Delgado tem apoio de 106 deputados. Para evitar um segundo turno, o PMDB trabalha para esvaziar a candidatura do pessebista.

CPI

O tucano também confirmou que as oposições irão recolher já na próxima semana assinaturas para a instalação, entre outras, de uma nova CPI para apurar o escândalo da Petrobras.

Segundo ele, o que surgiu até agora é apenas a "ponta do iceberg". "É uma vergonha o que fizeram, destruíram a nossa maior empresa."

Além da relativa à Petrobras, a oposição pretende criar comissões para investigar o BNDES, o setor elétrico e os fundos de pensão das estatais.
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