Autor do gol que eliminou o Brasil na Copa do Mundo de 1990, disputada na Itália, o ex-atacante argentino Cláudio Caniggia teve a prisão preventiva solicitada por Mariana Nannis, sua ex-mulher.
O advogado Pablo Darío Gómez de Olivera alega que Caniggia tenta obstruir as investigações em curso sobre uma acusação de abuso sexual.
A denúncia original foi feita por Nannis em fevereiro de 2020, referente a um incidente ocorrido em 5 de maio de 2018.
Segundo ela, após uma festa de casamento no Hipódromo de Palermo, ambos foram para o Hotel Faena, onde Caniggia teria tentado forçá-la a ter relações sexuais.
Diante da recusa, ele a teria ameaçado de morte, agredido fisicamente e, posteriormente, abusado sexualmente dela.
Nannis também relatou que, durante o casamento, sofreu ameaças constantes, agressões físicas e psicológicas, e que chegou a perder um bebê devido a uma dessas agressões.
Caniggia, por sua vez, prestou depoimento em março de 2022 e negou as acusações. Entretanto, a Justiça argentina processou o ex-atleta por abuso sexual, com possibilidade de pena de seis a quinze anos de prisão.
A decisão foi confirmada pela Câmara Nacional de Apelações em outubro de 2023. O órgão também manteve um embargo de cinco milhões de pesos - aproximadamente R$ 24 milhões, na cotação atual - sobre seus bens. Além disso, ele está proibido de sair do país e de manter qualquer contato com Nannis.
O caso está aguardando a definição de uma data para o julgamento.
A defesa de Nannis expressa preocupação com a lentidão do processo, que está paralisado há quase dois anos.
As informações são da Agência Argentina de Notícias. (Com Portal Terra)