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Esportes

Megaoperação no Rio deixa 7 mortos e 19 presos

Ação conjunta busca conter avanço de facções e restabelecer segurança em comunidades afetadas por episódios recentes de violência

Conjuntura Online
10/10/25 às 15h51
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Coletiva sobre operação integrada das polícias em 15 comunidades do Rio (Foto: Henrique Coelho/g1 Rio)

Pelo menos 7 suspeitos foram mortos em confrontos nesta sexta-feira (10) durante uma megaoperação integrada contra o CV (Comando Vermelho) em vários pontos do Rio de Janeiro — no dia seguinte à morte, em tiroteio, de um dos chefes da facção.

Agentes tinham ido para 15 comunidades ou bairros na Região Metropolitana do RJ.

Seis das mortes aconteceram de madrugada, em uma ação do 41º BPM (Irajá) no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte. Segundo a PM, as equipes foram recebidas a tiros, houve revide, e 6 homens acabaram mortos.

Outro suspeito foi morto por agentes do 15º BPM (Duque de Caxias) no Complexo da Mangueirinha. Cinco homens foram presos lá.

Houve ainda prisões na Gardênia (1) e na Tijuquinha (2).

“Importante enfatizar que a operação começou ontem, no trabalho que foi feito com a neutralização do Matuê, da organização narcoterrorista do Comando Vermelho, responsável pela sanha expansionista na Zona Sudoeste”, disse o chefe da Polícia Civil, secretário Felipe Curi, durante coletiva de imprensa.

“Foi encontrada uma urna na Muzema para que as pessoas depositassem o valor que tinham que entregar para a organização criminosa”, prosseguiu Curi.

A instalação das urnas na Muzema foi feita com o objetivo de evitar a exposição de criminosos, segundo o secretário.

“Muitas prisões eram feitas justamente durante esses momentos de cobrança. Por isso eles colocaram essas urnas. O trabalho de investigação, de inteligência, acabou detectando essa nova forma de cobrança.”

Segundo o subsecretário de Planejamento Operacional, Carlos Oliveira, foram realizados bloqueios significativos relacionados aos recursos financeiros da facção criminosa.

“Já tivemos um bloqueio de R$ 6 bilhões em relação ao Comando Vermelho. É um baque importante para a organização criminosa.”

Balanço da ação desta sexta-feira:

15 comunidades impactadas
19 presos
7 mortos
10 fuzis apreendidos
2 granadas apreendidas
11 toneladas de barricadas retiradas
Onde houve operação?
Bateau Mouche (Praça Seca): Batalhão de Choque
Chacrinha (Praça Seca): Choque
Cidade de Deus: Bope
Complexo da Mangueirnha (Duque de Caxias): 15º BPM (Caxias)
Gardênia Azul: Bope
Morro da Caixa D’Água (Quintino): Choque
Morro do Banco (Itanhangá): Polícia Civil
Morro do Dezoito (Água Santa): 3º BPM (Méier)
Morro do Jordão (Taquara): Choque
Morro do Juramento (Vicente de Carvalho): 41º BPM (Irajá)
Muzema (Itanhangá): Polícia Civil
Pendura-Saia (Praça Seca): Choque
Rio das Pedras: Polícia Civil — comunidade dominada pela milícia
Tijuquinha (Itanhangá): Polícia Civil
Vila Kennedy: 14º BPM (Bangu)

Impactos
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, uma clínica da família que atende a região de Rio das Pedras mantinha o atendimento à população, mas suspendeu as visitas domiciliares.

Já a Prefeitura de Duque de Caxias informou que as aulas foram suspensas na Escola Municipal Hermínia Caldas da Silva, na Creche Municipal Abner Marques de Abreu e na Creche Pré-Escola Parteira Maria Odete.

Operação Contenção
A mobilização desta sexta foi mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente de combate ao avanço do CV por territórios do Rio de Janeiro.

O objetivo é desarticular a estrutura financeira, logística e operacional da organização criminosa, além de prender traficantes que atuam na região. “Desde abril, 98 criminosos foram capturados e outros 10 foram neutralizados em confronto”, informou a Polícia Civil.

Um desses “neutralizados” é Ygor Freitas de Andrade, o Matuê, apontado como chefe do tráfico da Gardênia Azul e da Chacrinha. Ele e 2 seguranças foram mortos ao reagir a tiros ao cerco da Polícia Civil.

Contra Matuê havia 3 mandados de prisão em aberto. Ele coordenava as invasões do CV às comunidades da região e era investigado por ter disparado o tiro que matou o policial civil José Antônio Lourenço, em maio. Ele também teria participado do confronto de agosto que deixou 6 mortos.

“Estávamos monitorando esse marginal há muito tempo. Hoje [quinta-feira], foi feita uma operação cirúrgica para capturá-lo”, narrou Curi. “No momento da abordagem, ele e os seguranças reagiram e foram neutralizados.”

O secretário afirmou ainda que a comunidade da Chacrinha funciona como uma base estratégica do Comando Vermelho. Segundo ele, é a partir desse ponto que os criminosos partem para expandir a atuação na Zona Oeste. (Com g1)

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