Responsabilidade dividida. É dessa maneira que Carlo Ancelotti trabalha para superar a falta de tempo e transformar o Brasil em uma equipe mais competitiva e sólida até a Copa do Mundo. Em sua terceira Data Fifa, o treinador italiano admite que o caminho não é fácil para encontrar soluções profundas taticamente e apela para a individualidade do grupo que tem em mãos.
A preparação para a partida contra a Coreia do Sul, em Seul, é um exemplo claro do que Carleto tem como desafio. Será apenas um treinamento com elenco completo à disposição, que acontece nesta quinta, no palco da partida. Até por isso, o treinador é sincero ao colocar a postura de seus comandados como o mais importante neste processo e formação da equipe.
- Acho que é preciso mais trabalho tático para trabalhar a estratégia do jogo. Tudo isso pode ser muito importante, mas a parte mais importante não é a estratégia, é a atitude dos jogadores no campo. Para isso, não é preciso muito tempo para preparar.
Em quatro partidas, Ancelotti alternou duas vezes o esquema tático: 4-2-4 nas vitórias diante de Paraguai e Chile, e 4-3-3 no empate com o Equador e na derrota para a Bolívia. Em entrevista coletiva na capital coreana, o italiano se mostrou satisfeito com o desempenho defensivo da Seleção, mas espera mais do ataque e voltou a falar da importância de que os talento sobressaia.
- Gostei muito do jogo defensivo da equipe em junho e setembro. O time defendeu muito bem. Compacto, unido, com compromisso, intenso... Onde a equipe deve melhorar, e amanhã é uma oportunidade, é no jogo com a bola.
- A equipe tem que mostrar a qualidade individual que tem, e temos muita. É preciso jogar um bom futebol. Você pode jogar com quatro, com três, com um, com cinco (no ataque)... Não muda muito. E a escalação contra a Coreia passa pelo jogo contra o Chile.
Para a partida contra a Coreia do Sul, o Brasil voltará ao 4-2-4 das duas vitórias com o técnico. No treinamento de quarta-feira, o time teve Bento, Vitinho, Éder Militão, Gabriel Magalhães e Douglas Santos; Casemiro e Lucas Paquetá; Rodrygo, Vini, Matheus Cunha e Estêvão.
A formação com quatro nomes que Ancelotti conhece bem do Real Madrid serve como atalho para que o Brasil tenha uma base já entrosada. O comandante, por sua vez, evitou condicionar o conhecimento profundo de Militão, Casemiro, Rodrygo e Vini a suas escolhas:
- Acho que a base que a Seleção tem é ampla. Conheço muito bem esses jogadores e também outros. Gosto muito do ambiente da equipe e acho que isso é muito positivo, pela atitude dos jogadores, pelo profissionalismo. Estou convencido que vamos preparar um ambiente muito positivo para a Copa do Mundo com peças muito importantes.
O Brasil encara a Coreia do Sul nesta sexta-feira, às 8h (de Brasília), no Seul World Cup Stadium, no primeiro amistoso visando a Copa do Mundo de 2026. Na próxima terça-feira, o adversário será o Japão, às 7h30 (de Brasília), no Ajinomoto Stadium. (Com ge - Seul)
