O Palmeiras e o Allianz Parque anunciaram nesta sexta-feira (12) o início da troca do gramado sintético do estádio.
Em parceria com a Soccer Grass, empresa responsável pelo cuidado da grama desde 2020, a WTorre — administradora e dona da concessão do local — realizará a atualização do piso em sete fases.
A previsão é que a arena volte a receber partidas de futebol na última semana de fevereiro de 2026. Portanto, entre dezembro e fevereiro — cerca de três meses — o Verdão não utilizará o local.
Ainda em 2025, ocorrerá a remoção da cortiça e da areia, bem como a retirada do gramado sintético. Após a conclusão das duas fases iniciais, o trabalho será interrompido em razão de espetáculos e eventos previamente agendados.
O processo será retomado no início de 2026, com a abertura dos ramais de drenagem.
Na sequência, serão realizadas a retirada de resíduos de preenchimento, a regularização da camada de pedrisco e compactação, a abertura dos rolos do choque pad, a ?instalação dos tapetes, o ?lançamento e distribuição da areia e a ?demarcação do campo, entre outras instalações.
O gramado do Allianz Parque conta com a aprovação da Fifa, entidade máxima do futebol, desde a sua implementação.
De acordo com comunicado do clube, a troca do piso atende ao compromisso do Palmeiras e da WTorre de proporcionar um campo em perfeitas condições para a disputa de jogos de alto nível, priorizando a integridade física e a saúde dos atletas.
Polêmica em torno do gramado sintético
O gramado sintético no futebol brasileiro tem sido alvo de polêmica nas últimas semanas.
Nessa quinta-feira (11), durante Conselho Técnico do Campeonato Brasileiro de 2026, Fluminense e Flamengo pressionaram a CBF pelo fim da permissão de uso da tecnologia na competição.
No entanto, a entidade decidiu manter a normativa que está em vigor. No próximo ano, cinco clubes da Primeira Divisão terão gramado sintético nos estádios: Palmeiras, Atlético-MG, Botafogo, Athletico-PR e Chapecoense.
Essas agremiações, inclusive, emitiram uma nota conjunta a favor do piso sintético.
Veja nota completa
"Diante das recentes declarações públicas sobre a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro, Athletico Paranaense, Atlético, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras reafirmam sua posição em defesa dessa tecnologia, adotada de forma responsável, regulamentada e alinhada às melhores práticas internacionais.
Em primeiro lugar, é imprescindível reconhecer que não existe padronização de gramados no Brasil. Ignorar esse fato e direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada.
Também reiteramos que um gramado sintético de alta performance supera, em diversos aspectos, os campos naturais em más condições presentes em parte significativa dos estádios do país.
É igualmente importante esclarecer que não há qualquer estudo científico conclusivo que comprove aumento de lesões provocado pelos gramados sintéticos modernos.
O tema da qualidade dos gramados é legítimo, saudável e necessário. Porém, deve ser conduzido com responsabilidade, dados objetivos e conhecimento técnico, e não com narrativas que distorcem a realidade, desinformam o público e desconsideram a complexidade do assunto". (Com Itatiaia)
