O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Júnior Mochi (PMDB), se reuniu nesta segunda-feira (27) com os comandantes do Bope (Batalhão de Operações Especiais), Wagner Ferreira da Silva, do Batalhão de Choque, Marcus Pollet, e de Policiamento Metropolitano, Renato Tolentino, para definir um esquema de segurança a fim de impedir eventuais badernas no plenário da Casa durante a segunda votação do projeto de reforma previdenciária, informa o portal Correio do Estado.
Na quinta-feira (23), quando a matéria foi a plenário para primeira votação, os servidores invadiram o plenário como forma de protesto a mudanças previstas no texto o brigando a Mesa Diretora a suspender a sessão.
Tolentino, o último a deixar a reunião, confirmou que está sendo elaborada estratégia para garantir a segurança do local.
O prédio da Governadoria também está com segurança reforçada. Na entrada principal há diversas grades de proteção já instaladas hoje como precaução para possíveis manifestações no local.
Mesmo com a confusão registada na semana passada, a proposta do Executivo foi aprovada em primeira votação, por 15 votos favoráveis e 4 contrários. A proposta entregue pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) à Assembleia Legislativa, no dia 31 de outubro, prevê aumento das alíquotas de contribuição. O servidor elevaria sua parcela de 11% para 14% e o Executivo de 22% para 25%.
Atualmente, o Governo apresenta déficit de até R$ 83,7 milhões mensais com a previdência. Se a proposta for aprovada pelos deputados, os gastos mensais caem para R$ 48,5 milhões.
Mas para representantes dos servidores, a proposta é prejudicial. “O governador quer por a mão em R$ 380 milhões que rendem R$ 12 milhões por mês. Mas devem acabar em seis meses no máximo e o problema não vai ser resolvido. Vamos lutar sim, vai ter confronto se necessário”, garantiu o presidente do Sinsap-MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), André Luiz Santiago.