Depois da morte de um jovem em Campo Grande e de 113 casos confirmados pelo Ministério da Saúde em todo o país, o Governo de Mato Grosso do Sul declarou guerra às bebidas alcoólicas adulteradas.
A SES (Secretaria de Estado de Saúde) lançou uma força-tarefa que promete varrer bares, depósitos e pontos de venda suspeitos em todos os municípios para identificar e recolher produtos clandestinos.
A medida tem caráter emergencial e envolve uma grande mobilização das vigilâncias sanitárias municipais, unidades hospitalares e equipes de saúde, que passam a atuar em conjunto na identificação de riscos, fiscalização e atendimento rápido de possíveis vítimas. Segundo a Superintendente de Vigilância em Saúde, Larissa Castilho, a ordem é agir com firmeza. “Estamos estruturando um fluxo de monitoramento e fiscalização para garantir respostas rápidas e eficazes diante da situação. Nosso compromisso é proteger a população com o máximo de segurança e prontidão”, afirmou.
A secretária-adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, reforça que a estratégia é integrada e rigorosa. “Essa é uma resposta que reúne orientação à população, fiscalização pesada e ações preventivas. Cada etapa está conectada para garantir que o risco do metanol seja enfrentado de forma completa e eficiente”, resumiu.
A operação, coordenada pela SES em alinhamento com o Ministério da Saúde, segue orientações da Nota Técnica Conjunta nº 365/2025 e prevê ações práticas em todo o território sul-mato-grossense, como:
Fiscalização intensiva em bares, mercados e depósitos de bebidas para coibir a venda de produtos clandestinos ou sem procedência;
Atendimento 24h via CIATox, com suporte técnico e científico a unidades de saúde;
Monitoramento constante de casos suspeitos e confirmados, com notificação imediata ao CIEVS estadual e ao Ministério da Saúde;
Capacitação de profissionais de saúde para identificar sintomas e aplicar o tratamento correto;
Distribuição de antídotos como etanol farmacêutico e articulação para uso do fomepizol, medicamento de referência contra o envenenamento por metanol.
A SES também reforça o alerta: beba com segurança. Produtos sem rótulo, de origem duvidosa ou vendidos a preços muito abaixo do mercado podem conter metanol, substância tóxica e mortal mesmo em pequenas doses. A recomendação é clara: desconfie, denuncie e jamais consuma bebidas clandestinas.