Mesmo sem registros da doença em 2024 e 2025, Mato Grosso do Sul está em alerta após a confirmação de um caso de sarampo no Paraguai. Segundo a Gerência de Imunização da SES (Secretaria de Estado de Saúde), cinco casos suspeitos estão sob investigação e monitoramento.
Com o risco de reintrodução do vírus, o Estado intensificou as ações de bloqueio vacinal, especialmente em Corumbá e Ladário, regiões de fronteira.
Além de campanhas e busca ativa de casos, a SES passou a integrar reuniões semanais com o PNI (Programa Nacional de Imunizações) para alinhar estratégias de contenção com o Ministério da Saúde.
“Não temos casos confirmados e estamos trabalhando para manter esse status. Por isso, é essencial vacinar as pessoas em áreas estratégicas e ampliar a cobertura vacinal em todo o Estado”, afirma Frederico Moraes, gerente de Imunização da SES.
Dia D na fronteira
No último dia 26 de julho, foi promovido um Dia D de vacinação. Em Corumbá, foram aplicadas 1.050 doses contra o sarampo, sendo 280 apenas nessa data, além de vacinas contra hepatite B e Influenza. Em Ladário, 70 pessoas foram vacinadas no Dia D e, no total do mês, 116 receberam a proteção contra a doença.
Vigilância e prevenção
A vigilância foi reforçada com visitas domiciliares, busca ativa de sintomáticos e revisão de prontuários em unidades de saúde e hospitais. “Qualquer caso suspeito deve ser imediatamente notificado. A população precisa colaborar, procurando atendimento diante de sintomas como febre, manchas vermelhas, coriza, tosse ou conjuntivite”, orienta Jakeline Miranda Fonseca, gerente técnica estadual de Doenças Agudas e Exantemáticas.
Mato Grosso do Sul não tem casos confirmados desde 2020. No Brasil, já são 21 confirmações em 2025, com destaque para Tocantins, que concentra 16 delas.
A SES reforça que a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível gratuitamente nas unidades de saúde.
