Com o objetivo de qualificar as ferramentas que irão subsidiar o traçado do perfil da população em situação de rua da Capital, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania), realizou nesta semana, a aplicação de um questionário teste que integrará os estudos do Censo da População em Situação de Rua.
A etapa experimental, deste teste piloto, ocorreu em unidades estratégicas e em áreas de maior concentração desse público, funcionando como um termômetro para a pesquisa oficial, que será aplicada no início do próximo ano, após avalição do Comitê é formado por representantes da Prefeitura de Campo Grande por meio da SAS, Planurb, SDHU e SEAS, além do Governo do Estado, Defensoria Pública e diversos atores institucionais e da sociedade civil, como Ministério Público, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e a Organização da Sociedade Civil Águia Morena, que atuam diretamente com a população em situação de rua.
Desta forma, a iniciativa antecede a execução definitiva do Censo e permitirá ajustes técnicos no instrumento de coleta, a partir da avaliação do Comitê responsável pelo estudo.
Sobre o teste
O formulário teste consistiu em um questionário com 30 perguntas, que abordam temas como tempo de permanência nas ruas, vínculos familiares, condições de saúde e histórico de violência. Nesta fase, as equipes aplicaram o questionário no Centro POP, na Praça Aquidauana, além de ouvir usuários atendidos pelo Consultório de Rua da Sesau durante a ação Ceia dos Invisíveis, na Uaifa, em comunidades terapêuticas, na Casa de Passagem Resgate e nas instituições de acolhimento cofinanciadas Santa Clara e São Francisco.
O aplicativo utilizado para a aplicação do questionário foi desenvolvido pela Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) exclusivamente para esta fase do Censo.
Segundo o coordenador do Seas(Serviço Especializado em Abordagem Social), Eduardo Oliveira, a iniciativa vai além de uma simples contagem numérica.
“Essa etapa é justamente para traçar o perfil e identificar as demandas dessa população. O Censo não traz apenas o quantitativo, mas informações fundamentais para a construção de políticas públicas. Estamos selecionando o que é importante para entender como essas pessoas vivem e quais são as suas reais necessidades”.
Durante a aplicação do teste, foram entrevistados dez usuários por unidade. Ainda nesta semana, o Comitê se reunirá para avaliar os resultados obtidos e discutir possíveis adequações no questionário antes da execução definitiva da pesquisa.
