Campo Grande voltou a ser referência no cenário nacional ao conquistar o Prêmio Cidade Caminhável 2025, na categoria Cidades Grandes, com o projeto Viva Campo Grande II – Requalificação do Microcentro.
A iniciativa, que transformou mais de 80 quadras da região central, foi reconhecida por valorizar a mobilidade ativa, colocar o pedestre em primeiro lugar e tornar os centros urbanos mais humanos e inclusivos.
O projeto trouxe mudanças que já são sentidas no cotidiano de quem circula pela área central: 35 km de calçadas acessíveis, 400 rampas para cadeirantes, 78 conjuntos de mobiliário urbano, iluminação reforçada e 1.300 novas árvores, que ajudaram a resgatar o conforto térmico e devolver vitalidade ao espaço público. O reflexo foi imediato — em apenas cinco anos, o número de pedestres aumentou de 17.442 para 20.970.
Esse novo cenário é facilmente percebido por quem atravessa o centro. Aline da Silva, de 31 anos, atravessa quase 20 km do bairro Indubrasil para passear e fazer compras com a filha Maria Alice, de 7 anos. “Depois da revitalização, a 14 de Julho ficou ainda mais bonita e organizada. Agora está muito melhor para passear com a minha filha”, conta. A pequena Maria Alice, sorridente, resume: “eu adoro vir ao centro para fazer compras”.
O aposentado Sebastião Trindade, de 70 anos, morador do Zé Pereira, também sentiu a diferença no dia a dia. “Eu venho ao centro para pagar contas e sempre aproveito para dar uma voltinha. Hoje é mais fácil andar por aqui, a calçada ficou boa, a gente consegue caminhar com mais tranquilidade e ainda aproveita as promoções”.
Até quem trabalha na região notou os benefícios. Maísa Rodrigues, de 16 anos, vendedora na 14 de Julho, valoriza os espaços de convivência criados. “Agora o centro tem mais banquinhos, dá para descansar no horário de almoço. Ficou mais confortável e até mais fácil atrair clientes. Mudou bastante coisa para melhor”.
Para a secretária de Planejamento e Parcerias Estratégicas, Catiana Sabadin Zamarrenho, a premiação simboliza não apenas o reconhecimento de um projeto urbano, mas uma mudança cultural. “Esse prêmio consolida Campo Grande como uma das cidades mais acessíveis do país. É um grande feito, que estimula a mobilidade ativa, incentiva as pessoas a redescobrirem o centro e projeta nossa Capital como referência nacional em inclusão”.