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Política

Governo ainda deve mais de R$ 3,3 bilhões que roubou dos aposentados

Revelação sobre envolvimento de Frei Chico põe nome do presidente Lula na fraude

Conjuntura Online
20/09/25 às 08h13
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Frei Chico, irmão do presidente Lula, expõe crise no governo. (Foto: Montagem)

O calote bilionário contra aposentados e pensionistas do INSS segue como uma ferida aberta. Mesmo após meses de pressão, o governo federal ainda deve mais de R$ 3,3 bilhões a milhares de segurados que tiveram dinheiro arrancado indevidamente de seus benefícios.

O rombo total, fruto de descontos forçados de associações fantasmas, chega a R$ 6,3 bilhões e se transformou em um dos maiores escândalos contra a Previdência.

O esquema, que escandalizou o país, levou à prisão o empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, chamado de “Careca do INSS”, e fez explodir uma crise política no Congresso, com direito à instalação de uma CPMI para investigar os desvios.

A gravidade do caso deixou o governo sob fogo cerrado, aumentando o desgaste da gestão petista.

Mesmo com o ressarcimento iniciado em julho, apenas parte do dinheiro foi devolvida.

Até agora, 2,4 milhões de aposentados conseguiram receber, somando pouco mais de R$ 1 bilhão pago diretamente nas contas, corrigido pela inflação. O valor total previsto para devolução é de R$ 3,3 bilhões, mas a burocracia, a lentidão e a resistência das entidades mantêm mais de um milhão de segurados na fila.

As regras do acordo exigem adesão pelo aplicativo Meu INSS ou presencialmente nos Correios, mas muitos idosos ainda não conseguem acessar as plataformas ou esbarram em processos contestados. Enquanto isso, parlamentares de oposição acusam o governo de arrastar o processo para evitar a repercussão de novas denúncias.

Nos bastidores de Brasília, o PT, partido do presidente Lula, foi apontado como o principal articulador para barrar uma CPMI ampla, que poderia expor ainda mais a responsabilidade política pelo rombo.

A manobra gerou revolta entre opositores, que acusam o governo e a mídia nacional de tentarem abafar um dos maiores escândalos já registrados contra aposentados no país.

Na tentativa de encobrir o escândalo, o governo, com ajuda do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), reagiu com uma estratégia providencial e bem sucedida que foi a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), num julgamento marcado por faltas e injustiças, como mesmo votou o ministro Luiz Fux. 

Após mais de 12 horas de sessão, Luiz Fux votou pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de todos os crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República por uma suposta trama golpista para impedir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de assumir o poder

O caso segue provocando indignação nacional e ameaça se tornar um divisor de águas na relação entre Planalto e Congresso, pois a conta continua pendurada justamente sobre os mais vulneráveis: os aposentados que confiaram no sistema.

Irmão do presidente Lula

O escândalo ganhou ainda mais repercussão quando veio à tona que o irmão do presidente Lula, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, é um dos responsáveis por gerir hoje o Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos). 

Frei Chico ocupava a vice-presidência do sindicato acusado de envolvimento nos descontos milionários. O parentesco direto com o chefe do Executivo federal transformou o caso em uma bomba política, reforçando acusações de conivência e de blindagem por parte do governo.

Para a oposição, a presença de um membro da família presidencial em posição de comando dentro da entidade investigada é prova do tamanho da teia de relações que ajudou a sustentar o desvio de dinheiro dos aposentados.

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