A Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) será palco, na próxima segunda-feira (22), de um evento que promete movimentar a política agrária do Estado. A partir das 8h, o plenário Júlio Maia recebe o seminário “Reforma Agrária como Dinamizador do Desenvolvimento Sustentável”, iniciativa do deputado estadual Zeca do PT, presidente da Comissão de Desenvolvimento Agrário, Assuntos Indígenas e Quilombolas.
Com presença confirmada da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o encontro vai reunir representantes do governo federal, lideranças políticas e movimentos sociais ligados à luta pela terra. Também participam a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli, representando o ministro Paulo Teixeira, e o presidente do Incra, César Aldrighi.
A expectativa é de casa cheia, já que movimentos como MSTB, MST, MCLRA, LCU, UGT/Fafer, Femams, MPL, CTB-MS, Fettar-MS, Fetraf-MS, CUT-MS e Fetagri-MS confirmaram presença. Toda a bancada do PT em Mato Grosso do Sul também vai acompanhar a programação.
Logo pela manhã, estão previstos anúncios importantes. Entre eles, a entrega de títulos de domínio e contratos de concessão de uso para famílias de Sidrolândia, Nioaque, Campo Grande e Dois Irmãos do Buriti, além de contratos do Programa Nacional de Crédito Fundiário que somam R$ 3,8 milhões.
Outro destaque será o lançamento do Condomínio Quilombola Tia Eva, investimento de cerca de R$ 32 milhões, apontado como um marco para a valorização das comunidades tradicionais no Estado.
Também serão assinados o Selo Quilombos do Brasil e o Selo Indígena do Brasil, a serem entregues a lideranças do Quilombo Buriti, em Campo Grande, e da Aldeia 10 de Maio, em Sidrolândia. Ainda pela manhã, haverá pagamento do programa Fomento Mulher, voltado ao fortalecimento da agricultura familiar.
À tarde, o debate se desloca para o Plenarinho Deputado Nelito Câmara, onde mesas-redondas e encontros diretos com os movimentos sociais vão discutir os rumos da reforma agrária no Estado. A ideia é abrir espaço para encaminhamentos práticos e consolidar compromissos entre governo e entidades de luta pela terra.
