A ofensiva judicial contra Jair Bolsonaro (PL-RJ) caminha para o seu desfecho. O julgamento marcado para setembro de no STF (Supremo Tribunal Federal) é visto por aliados do ex-presidente como o ponto final de uma perseguição implacável, conduzida por um Judiciário politizado e alinhado ao governo do PT.
Bolsonaristas denunciam que o julgamento no STF é apenas pro forma. Ou seja, o esquema, segundo parlamentares de oposição, é manter o presidente Luis Inácio Lula da Silva no poder, em detrimento dos partidos de direita.
Para eles, a condenação é apenas questão de tempo — uma decisão de carta marcada, cujo resultado já estaria definido: a prisão do ex-chefe do Executivo.
Desde julho, quando foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica, Bolsonaro denuncia o cerco promovido pelo ministro Alexandre de Moraes e questiona a ausência de provas que sustentem as acusações de tentativa de golpe.
No dia 21 de agosto, a Polícia Federal ainda apresentou novo indiciamento contra ele, mas juristas apontam que a medida não altera o curso do processo principal, que já entrou em fase final.
Enquanto isso, movimentos de direita se organizam para uma grande manifestação em 7 de setembro, data em que devem ecoar pedidos de anistia aos manifestantes de 8 de janeiro e de impeachment de Moraes, em resposta ao que consideram abuso de poder.
O embate jurídico se desenrola também em meio à crise internacional. A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros abalou a economia e acirrou a pressão externa.
Para completar, o próprio Moraes tornou-se alvo de sanções com base na lei americana Global Magnitsky Act, episódio que expôs o Brasil a constrangimento diplomático.
Congresso pressiona por impeachment de Moraes
Paralelamente ao avanço do julgamento, a movimentação é intensa nas duas casas legislativas — Câmara e Senado — em favor da abertura de um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes. Deputados e senadores aliados de Bolsonaro afirmam que o ministro atua como verdadeiro adversário político, perseguindo e ameaçando parlamentares ligados à direita.
As críticas se concentram na acusação de que Moraes desrespeita a Constituição, extrapola suas atribuições e atropela a autonomia dos poderes, impondo decisões monocráticas sem respaldo legal.
Parlamentares ressaltam que o impeachment seria o único caminho para frear o que chamam de autoritarismo do Supremo e restabelecer o equilíbrio institucional no país. (Com informações de agências nacionais)