O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) afirmou que considera “irreversível” a possibilidade de o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), entrar em votação no Senado nos próximos dias.
Segundo ele, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que antes era contra, teria recuado e já admite analisar a proposta.
“Não apenas pela quantidade de assinaturas, 41, mas também por meio de uma avaliação jurídico-política”, destacou Nelsinho.
Alcolumbre teria dito que vai considerar fatores como justa causa, provas, adequação legal e viabilidade antes de decidir.
Até o fim da semana, a oposição já tinha o número mínimo de 41 assinaturas para formalizar o pedido e criar uma comissão especial que analisará o caso. A decisão de aceitar ou não é exclusiva do presidente do Senado.
Pressão e clima quente em Brasília
Para Nelsinho, a pressão de líderes pode colocar o tema na pauta. A tensão aumentou com protestos de senadores da oposição e ameaças de retaliações contra Alcolumbre, que, segundo adversários, corre o risco de ser enquadrado na Lei Magnitsky por barrar o andamento do impeachment.
De Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad e Tereza Cristina (PP) apoiam a medida, enquanto Soraya Thronicke (Podemos) é contra.
A principal justificativa da oposição para abrir o processo foi a imposição de medidas cautelares contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES). “Todos nós entendemos que houve abuso de poder por parte do ministro. Com as cautelares, ele praticamente impede que Marcos do Val possa exercer seu mandato”, afirmou Nelsinho.
Entre as restrições estão multas, bloqueio de contas e outras medidas que, segundo ele, afrontam a atuação parlamentar.
